Um ano depois da guerra, mais de 100 mil palestinianos da Faixa de Gaza continuam sem abrigo. O confronto político e falta de financiamento impedem a
Um ano depois da guerra, mais de 100 mil palestinianos da Faixa de Gaza continuam sem abrigo. O confronto político e falta de financiamento impedem a reconstrução de 18 mil casas destruídas.
Israel lançou a Operação Margem Protetora em Gaza, depois do sequestro e assassínio de três israelitas e um palestiniano.
De acordo com os dados oficiais da ONU, 2.262 palestinianos foram mortos na ofensiva do Exército de Israel, que atacou por ar, mar e terra. Entre os mortos estavam 551 crianças e 305 mulheres.
O Hamas atingiu mortalmente 73 israelitas, entre os quais e 67 soldados, neste conflito, que durou quase dois meses,
Um ano depois, nada está resolvido e mantêm-se os problemas que provocaram a ofensiva. A conferência de doadores de doadores, no cairo, em 2014, prometeram 4,9 mil milhões de euros a Gaza mas o dinheiro chega a conta-gotas. A penúria de fundos e o bloqueio de Israel impedem entrada de materiais de reconstrução.
Os quase dois milhões de habitantes limitados a 362 km2 estão numa situação alarmante, de acordo com a denúncia de várias associações humanitárias:
90% da população não tem água potável, 73% vivem com insegurança alimentar e a taxa de desemprego é de 40%, a mais alta no mundo.
60% dos jovens estão dempregados.
Politicamente, não se consegue a esperada reconciliação por causa da falta de entendimento entre o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas; assim, a comissão palestiniana estabelecida para supervisionar a reconstrução não avança com qualquer projeto. Águas turbulentas que o Hamas tenta aproveitar,
Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas em Gaza: - A verdadeira conclusão, um ano depois da guerra em Gaza, é que é um território difícil de dobrar, como o Hamas, o que faz com que as partes internacionais interessadas mantenham a trégua, o que nos convence que o espectro da guerra está longe.
O aparecimento em força do autoproclamado Estado islâmico, que ameaça derrubar o regime do Hamas em Gaza, complica ainda mais toda a equação.
A ONU garante que, sem ação política e humanitária, as imagens de guerra vão repetir-se ano após ano.
Enquantio não houver liberdade total de movimento para os civis, não há soluções possíveis.
As medidas tomadas para aliviar o bloqueio estão muito aquém das mudanças necessárias.