Foram necessárias 17 horas de negociações para obter um acordo com unanimidade. Alexis Tsipras aceitou um plano de reformas e o s líderes da zona
Foram necessárias 17 horas de negociações para obter um acordo com unanimidade. Alexis Tsipras aceitou um plano de reformas e o s líderes da zona euro estão prontos para iniciar as negociações do terceiro plano de resgate da Grécia.
A ajuda financeira à Grécia será de 86 mil milhões de euros do Mecanismo Europeu de Estabilidade e, a partir de março de 2016, do FMI também.
Tsipras aceitou a condição da Alemanha para criar um fundo para as privatizações. Angela Merkel, no entanto, renunciou a que fosse criado no Luxemburgo, como inicialmente exigia. O Fundo será na Grécia, gerido pelas autoridades gregas sob supervisão das instituições europeias.
O Fundo deve atingir os 50 mil milhões de euros com a venda dos bens do Estado grego: 25 mil milhões serão destinados à recapitalização dos bancos gregos, a outra metade, 25 mil milhões será repartida a 50% por pagar a dívida e para investir na economia grega.
A Comissão Europeia vai ainda trabalhar com o governo grego para ajudar a relançar o crescimento e criar emprego, retomando a posição de Jean-Claude Juncker,
35 mil milhões de euros, provenientes dos fundos europeus, vão ser investidos na Grécia.
Antes de iniciar as negociações sobre o plano de resgate, o parlamento grego tem de se pronunciar sobre seis medidas, das quais quatro têm de ser decididas até à proxima quarta-feira, nomeadamente sobre os cortes automáticos nas despesas, no caso de desvios em relação aos objetivos do défice; a simplificação das tranches de IVA e o seu alargamento para aumentar os levantamentos; e as medidas para a reforma do sistema de pensões, para a tornar viável.
O documento produzido na cimeira europeia exige ainda à Grécia uma agenda para a liberalização da economia, seguindo as recomendações da OCDE; mais flexibilidade do mercado de trabalho e a privatização da rede de eletricidade.