A Grécia vai permanecer no eurogrupo. Os líderes da zona euro chegaram a um acordo, após mais de 16 horas de discussões, em Bruxelas, que abre
A Grécia vai permanecer no eurogrupo. Os líderes da zona euro chegaram a um acordo, após mais de 16 horas de discussões, em Bruxelas, que abre caminho a um terceiro resgate para Atenas de 85 mil milhões de euros.
O entendimento foi anunciado, esta manhã, à hora da abertura dos mercados europeus, pelos presidentes do Conselho Europeu, da Comissão Europeia e do eurogrupo.
“É necessário ainda satisfazer certas condições com a adoção do acordo por vários parlamentos nacionais, incluindo o parlamento grego, para que as negociações sobre o programa de resgate possam começar formalmente. Mas apesar disto tudo, a decisão permite que a Grécia regresse à normalidade com o apoio dos seus parceiros europeus”, afirmou Donald Tusk.
O presidente da Comissão, Jean Claude Juncker, sublinhou que, “desde o início daquilo que foi considerado como o ‘caso grego’ que a Comissão insistiu na necessidade de evitar uma saída da Grécia da zona euro. E não vai haver um Grexit”.
O novo programa de ajuda vai ser discutido depois de Alexis Tsipras ter aceite a criação de um fundo de garantia de 50 mil milhões de euros para a recapitalização dos bancos e o reembolso da dívida.
O fundo de ativos gregos, que não será transferido para o Luxemburgo, inclui 12 mil milhões de euros que poderão ser utilizados por Atenas para financiar a política do governo, como lembrou o presidente do eurogrupo.
Cabe agora ao parlamento grego aprovar uma longa lista de reformas até quarta-feira que inclui medidas polémicas para Alexis Tsipras, como o aumento do IVA ou o adiamento da idade de entrada na reforma.
O comunicado integral do eurogrupo, que exclui igualmente uma reestruturação da dívida grega, pode ser consultado aqui