Japoneses contra energia nuclear: desastres nucleares, nunca mais

Japoneses contra energia nuclear: desastres nucleares, nunca mais
De  Maria Joao Carvalho
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As comemorações em memória das vítimas das bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki têm mais importância ainda depois do acidente na central nuclear

As comemorações em memória das vítimas das bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki têm mais importância ainda depois do acidente na central nuclear de Fukushima.

Depois das bombas atómicas de Hiroshima e Nagasaki, os japoneses jamais cessaram de protestar contra a energia nuclear. Desde o drama de Fukushima, insistem com o governo para acabar com a opção por esta produção de energia

Passadas sete décadas sobre a tragédia, comprovadamente desnecessária, no fim da II GM, no dia 11 de março de 2011, desencadeou-se o desastre nuclear na central de Daiichi em Fukushima, o mais grave desde o acidente nuclear de Tchernobyl, em 1986.

Fukushima ‘não teve a mesma origem’ que os bombardeamentos de 1945, mas acabou por ter um forte impacto na população.

No fim, pouco importam as causas das catástrofes nucleares: os japoneses rejeitam o nuclear e manifestam-se frequentemente para exprimir a sua revolta.

São insensíveis às desculpas dos dirigentes da TEPCO, que explora a central nuclear de Fukushima…

Tsunehisa Katsumata, presidente da TEPCO (Tokyo Electric Power Company):

- Apresentamos as nossas desculpas, do fundo do coração, por este grave acidente que propagou a radioatividade na atmosfera e nos cursos de água, que teve efeitos na água potável e nas colheitas, causando problemas a toda a população.

Depois da explosão, os dirigentes políticos e a “TEPCO”: http://pt.euronews.com/2013/07/10/ex-diretor-da-central-nuclear-de-fukushima-morre-de-cancro/fizeram várias conferências de imprensa, mas foram sempre vagos sobre as circunstâncias do acidente. os japoneses sentiram-se vítimas da falta de informação.

Uma residente de Fukushima, justifica a saída da cidade:

- A televisão não diz nada, não temos informações, quero ir embora daqui.”

Uma outra, exprime a mesma frustração:

- Estou furiosa contra a TEPCO, que não tem a capacidade necessária para gerir centrais nuncleares. Quero, sinceramente, que desapareçam.

Os japoneses duvidam das capacidades dos responsáveis na gestão da crise mas também acham que eles abriram a porta para a saída do nuclear.

Tsutomi, de 71 nos de idade, reivindica:

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- É uma oportunidade para nos desembaraçarmos da energia nuclear e passar para as energias renováveis. Se deixarmos passar a oportunidade todas as vítimas desta catástrofe terão sido sacrificadas em vão.

Depois das bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki, os japoneses jamais cessaram de protestar contra a energia nuclear. Depois do drama de Fukushima, insistem com o governo para acabar com a opção por esta produção de energia.

Os dirigentes demoram a reagir… mas a população insiste pois ainda não fez o luto dos três grandes dramas nucleares que marcaram a história do Império do Sol nascente.

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