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Turquia: eleições antecipadas cada vez mais prováveis

Turquia: eleições antecipadas cada vez mais prováveis
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De Nelson Pereira com REUTERS/ANSA
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Na Turquia, voltaram a fracassar as negociações para a formação de um governo de coligação. O encontro desta segunda-feira entre o líder do Partido

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Na Turquia, voltaram a fracassar as negociações para a formação de um governo de coligação.

O encontro desta segunda-feira entre o líder do Partido de Ação Nacionalista (MHP), Devlet Bahceli, e o primeiro ministro Ahmet Davutoglu, terminou sem um acordo.

Os poderes do presidente Recep Tayyip Erdogan, parecem ser a questão principal. Erdogan deseja que seja votada uma nova constituição que estenda os poderes do chefe de Estado. Disse-o abertamente na passada sexta-feira, durante um discurso proferido na região de Rize, no nordeste da Turquia.

Precupada com as ambições de Erdogan, a oposição quer que o presidente se comprometa a respeitar os limites de poder que lhe são impostos pela constituição e esta exigência fazia parte das condições apresentadas pelos nacionalistas.

O primeiro ministro Davutoglu preferiu, porém, sugerir que a responsabilidade pelo falhanço das conversações desta segunda-feira pesa sobre o MHP:

“Face aos cenários possíveis, Bahceli disse que uma coligação não lhe parece possível, nem uma aliança temporária com o AKP (o Partido da Justiça e Desenvolvimento, de Erdogan). Continuam a rejeitar um governo minoritário e não aceitam votar a favor de eleições antecipadas.”, disse Davutoglu.

Depois das recentes conversações entre o AKP e o Partido Republicano do Povo (CHP), o líder dos sociais-democratas queixou-se de que a proposta que recebeu não mencionava uma coligação governativa, mas sim uma aliança temporária até que sejam realizadas eleições antecipadas.

A lei turca exige a convocação de eleições dentro de seis dias, se antes não houver acordo de coligação.

Despois de ter detido desde 2002 uma posição dominante no poder manter, o AKP sofreu um sério revés nas legislativas de 7 de junho, que lhe retiraram a maioria absoluta e o impediram de formar sozinho um governo.

Recentes sondagens prometem porém ao partido de Erdogan entre 42% e 43% das intenções de voto, o que lhe permitiria constituir um governo sem ser obrigado a partilhar o poder.

A incapacidade de encontrar um acordo para um governo de coligação agrava entretanto a situação da economia turca, com a moeda nacional a atingir mínimos inéditos.

“Com a moeda turca a desvalorizar e o reacender dos ataques da guerilha curda, a sociedade e os círculos económicos esperam com impaciência que um governo seja formado. Mas passaram quase dois meses e meio desde as eleições e todas as fórmulas parecem esgotadas. As eleições parecem ser a única saída para este impasse político”, diz o correspondente da euronews em Istambul, Bora Bayraktar.

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