O homem que assassinou ontem dois jornalistas no estado da Virgínia teria sido aconselhado a procurar ajuda psicológica, antes de ser despedido. Um
O homem que assassinou ontem dois jornalistas no estado da Virgínia teria sido aconselhado a procurar ajuda psicológica, antes de ser despedido.
Um memorando interno do canal WDBJ7, onde trabalhou Vester Lee Flanagan, e que empregava as duas vítimas, revela um homem repreendido por várias vezes pelo comportamento agressivo contra os colegas.
O documento, publicado pelo jornal britânico The Guardian, foi revelado no dia em que o canal WDBJ7 prestou homenagem aos dois repórteres assassinados durante uma entrevista em direto.
Para Andy Parker, pai da jornalista assassinada Alison Parker, é indispensável reforçar o controlo sobre a venda de armas:
“Os políticos têm que se impor face ao lóbi das armas e pôr termo aos vazios legais que permitem que pessoas doidas detenham armas. Tenho a certeza que a reação de alguns será de dizer, ‘se ela tivesse uma pistola nada disto teria acontecido’. Ela podia ter uma kalashnikov presa ao pulso e mesmo assim não tinha conseguido prever o que ia acontecer. Existem demasiadas armas nas mãos de pessoas doidas”.
O atirador, que morreu no hospital após ter tentado suicidar-se, orquestrou mediaticamente o crime, com a publicação do vídeo do ataque nas redes sociais e o envio de um “manifesto” para a televisão ABC.
No texto de 23 páginas, Flanagan justifica a ação como uma “vingança” pela discriminação de que afirma ter sido alvo como afro-americano e homossexual.
Despedido em fevereiro de 2013, o jornalista teria ameaçado os responsáveis do canal, com uma vingança que, “vai fazer manchetes”.