"Refugiados" em expansão nas redes sociais impulsionados pelos "sem-abrigo"

"Refugiados" em expansão nas redes sociais impulsionados pelos "sem-abrigo"
De  Francisco Marques com TWEETDECK
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A popularidade do termo "refugiados" tem vindo a ganhar força nas redes sociais um pouco por todo o Mundo. Conheça os "twits" mais partilhados com esta expressão em 4 das 13 línguas que compõem a euro

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A popularidade do termo "refugiados" tem vindo a ganhar força nas redes sociais um pouco por todo o Mundo. Conheça os "twits" mais partilhados com esta expressão em 4 das 13 línguas que compõem a euronews

O drama da migração é um dos temas mais quentes da atualidade. As redes sociais refletem isso mesmo. A euronews é um meio de comunicação único no mundo, transmitindo 24 horas por dia simultaneamente em 13 idiomas diferentes. Colocando esta riqueza linguística uma vez mais ao serviço do público, recorremos à ajuda do TweetDeck e tentámos fazer um levantamento das publicações mais populares na rede social Twitter nas quais é referido a palavra “refugiados”, o termo que designa os milhares de migrantes em fuga de guerras, conflitos armados ou perseguições nos países de origem.

Alargámos o levantamento aos 13 idiomas que compõem a euronews e publicamos os resultados dos 4 idiomas mais relevantes, de acordo com os resultados no final da manhã desta quinta-feira, 10 de setembro. Não foi fácil, os números estão a mudar constantemente.

O drama atual de migração apresenta como ponto de partida mais frequente a Síria e como destino preferencial o centro e o norte da Europa. De Portugal ao Brasil, de Angola a Timor Leste, o português é língua oficial em sete países. O idioma de Camões está bem presente no planeta e é um dos cinco mais falados do planeta. No Twitter, a publicação mais popular em português contendo o termo “refugiados” pertencia a uma utilizadora que, através da respetiva conta no Instagram, diz ser de Ponte de Lima. O Papa Francisco “twitou” a terceira publicação sobre “refugiados” mais popular em português.

1.° @BeatrizMLago

A Beatriz já publicou 2105 “tweets”, segue 899 contas de Twitter, é seguida por 1174 e já “curtiu” 854 publicações nesta rede social. Por volta do meio-dia da passada terça-feira (8 de setembro), partilhou a foto de umas arcadas e pessoas, a espaços, deitadas no chão. A acompanhar a foto, uma legenda revela a preocupação de Beatriz pelos “sem-abrigo de nacionalidade portuguesa” perante a alegada ajuda de Portugal aos refugiados.

Na manhã desta quinta-feira, a preocupação de Beatriz já tinha sido “retwitada” 1966 vezes e tinha recebido o voto de “favorito” por 629 titulares de contas no Twitter.


2.° @oSemiMoreno


No perfil, identifica-se como Ricardo Lopes, segue 111 utilizadores do Twitter e é seguido por 10.469. Já publicou 34.927 “twits” e “curtiu” 25.543.

Na tarde do dia 4 de setembro, Ricardo Lopes também partilhou pela rede social do “passarinho azul” a preocupação pessoal com os “sem-abrigo portugueses” face à eventual chegada ao país de “refugiados” com “direito a casas”. Pouco mais de uma semana depois, a preocupação de @oSemiMoreno já tinha sido “retwitada” 951 vezes e “curtida” por 345 utilizadores do Twitter.

3.° @Pontifex_pt

O Papa Francisco tem várias contas oficiais nas redes sociais, expressando-se em diversos idiomas. Na conta em português do Twitter, o líder da Igreja Católica é seguido por 1,57 milhões de utilizadores, segue apenas 8 contas e, na manha desta quinta-feira, somava 559 publicações.

Horas antes da publicação de @BeatrizMLago, ha dois dias, o Papa Francisco lançou um apelo pelo Twitter apelando ao acolhimento na Europa de famílias de “refugiados”. O apelo do Sumo Pontífice foi “retwitado” 848 vezes, mas congregou, sobretudo, um largo número de “favoritismo”: 1594 pessoas “curtiram” a publicação de Francisco.

Não é, contudo, a publicação do Papa mais popular em português da última semana — esse titulo vai para uma critica à guerra, como “mãe de todas as pobrezas e grande predadora de vidas e almas.”

Jornal domina “top” em inglês

No levantamento realizado pela equipa inglesa da euronews pela palavra “refugees”, a mais popular foi uma publicação de 5 de setembro do jornal britânico Evening Standard, referindo uma petição na internet com o objetivo de levar o Governo de David Cameron a trocar uma personalidade televisiva por 50 mil refugiados sírios.

Em segundo, surge um assumido ex-jornalista com uma alegada foto da cidade natal do menino sírio que morreu e cuja imagem do corpo numa praia turca correu mundo. O terceiro mais popular é a favor do acolhimento em Inglaterra de mais refugiados.

1.° @standardnews

(“Foi lançada uma petição para trocar Katie Hopkins por 50.000 refugiados sírios.”)

2.° @MrDenmore

(“Porque é que os refugiados arriscam a vida em barcos? Aqui tem a cidade do menino que se afogou a tentar chegar à Europa”)

3.° @piersmorgan

(“Podíamos criar espaço em Inglaterra para mais refugiados se deportássemos os neandertais racistas e intolerantes horrorizados pela ideia de os ajudar”)

Críticas à (in)ação política dominam em francês

Até há cerca de 24 horas, a decisao do clube alemão Bayern de Munique era das mais populares na partilha do termo “réfugiés” pelo Twitter. Esta quinta-feira, o foco mudou para as críticas à alegada inércia política na gestão deste drama de migração de refugiados.

1.° @Maitre_Eolas

(“Veja este pequeno sírio que chegou são e salvo a Munique, eu compreendo porque é que Frente Nacional está aterrorizada pelos refugiados.”)

2.° @bernardpivot1

(“Emigrantes? Exilados? Refugiados? Pouco importa como lhes chamamos se são eles que nos chamam a nós.”)

3.° @keyzer_usual

(“Desestabilizar um país. Bombardeá-lo. Ficar surpreendido pela chegada de refugiados desse país. Deixa-los morrer. Dizer que é culpa deles.”)

Duas personalidades no “top-3” em espanhol

A versão espanhola do “twit” do Papa Francisco já referido no “top” português surge na segunda posição das publicações mais populares no idioma de Cervantes que utilizam o termo “refugiados”. O jogador de futebol do Real Madrid Sérgio Ramos surgia, ao final da manhã desta quinta-feira, na terceira posição. A liderança destacada pertence a um alegado e curioso “top” dos países que mais refugiados recebem.

1.° @xavieraldekoa

2.° @Pontifex_es

3.° @SergioRamos

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