A partir da próxima semana, Viktor Orbán promete ainda maior firmeza e defende a ação da polícia
Cada vez mais criticada, a Hungria continua a endurecer o discurso e as medidas contra os migrantes. A partir da próxima semana, Budapeste promete ainda maior firmeza.
Entretanto, o primeiro-ministro defende a ação da polícia húngara que, após a divulgação de vários vídeos, tem sido alvo de críticas sobre a forma como trata os refugiados
“Estamos a falar de pessoas que recusam cooperar com as autoridades húngaras. A maior parte das vezes, atacam-nas e atiram-lhes objetos. Tendo em conta que estamos confrontados a uma rebelião de imigrantes ilegais, a polícia tem feito um excelente trabalho sem fazer uso da força”, afirmou Viktor Orbán.
O primeiro-ministro continuou: “A partir de 15 de setembro, as autoridades húngaras não serão indulgentes quando se trate de travessias ilegais da fronteira”. Tratamento acelerado dos pedidos de asilo, reenvio dos migrantes para o outro lado da fronteira ou o envio de militares para a fronteira são algumas das medidas previstas.
#Orban is planning a brutal clampdown on #refugees next week. Far from being ashamed, he seems proud of these possibly illegal measures
— Guy Verhofstadt (@GuyVerhofstadt) 11 Septembre 2015
As medidas anunciadas continuam a chocar a União Europeia, que recorda que as regras são iguais para todos os Estados membros e devem ser respeitadas.
RT Letter calling upon #Orban & all other EU leaders to meet international obligations to asylum seekers #refugeespic.twitter.com/QHScHjnkGQ
— ALDE Group (@ALDEgroup) 11 Septembre 2015
Este ano, mais de 170 mil migrantes entraram ilegalmente na Hungria, vindos da Sérvia.
Para acelerar a construção dos 175 quilómetros da vedação que vai separar os dois países, o governo de Viktor Orbán não hesita em recorrer ao trabalho de prisioneiros.
Budapeste espera, assim, terminar a construção do muro no início de outubro.