Com a Vladimir Putin a apoiar o presidente Bashar el-Assad, os EUA e a Rússia continuam de costas voltadas sobre o tema.
Com uma onda de refugiados há muito não vista, a solução tem de passar não só por acolhê-los, como também por um esforço em resolver os conflitos na origem. As palavras são de Barack Obama, nas Nações Unidas.
Esses esforços (para acolher refugiados) devem ser acompanhados por um trabalho árduo de diplomacia e reconciliação para acabar com os conflitos que, muitas vezes, rasgam as sociedades.
A verdade é que os Estados Unidos são, muitas vezes, acusados de estar na origem ou de fomentar esses mesmos conflitos. Obama apela a que todos ajudem a solucioná-los: “Temos hoje cerca de 60 mil homens, mulheres e crianças obrigados a deixar as casas onde vivem, muitas vezes por culpa de conflitos no Médio Oriente e em África. Os países que podem devem fazer um esforço para acolher refugiados. Mas esses esforços devem ser acompanhados por um trabalho árduo de diplomacia e reconciliação para acabar com os conflitos que, muitas vezes, rasgam as sociedades”, disse o presidente norte-americano perante a Assembleia-Geral da ONU.
Esta segunda-feira, Obama deve encontrar-se com o presidente russo Vladimir Putin, que também discursa na ONU e mantém a defesa da legitimidade de Bashar el-Assad na Síria: “Só existe um exército legítimo na Síria, que é o do presidente Assad. Penso que dar apoio a estruturas ilegítimas é entrar em choque com a lei internacional e com a Carta das Nações Unidas. A Rússia só apoia estruturas legais e governamentais”, disse o presidente russo em entrevista.
Obama Has No Plans to Skip Putin Meeting Given Stakes https://t.co/jQqHKxYeob
— Ultrascan HUMINT (@ultrascanhumint) September 28, 2015
Recentemente, a Rússia aumentou a presença militar na Síria, dando a entender que está pronta a atacar o grupo Estado Islâmico ao lado das forças leais a Assad.