Greve na recolha de lixo em Paris vai no 4.° dia e turismo pode estar em risco

Greve na recolha de lixo em Paris vai no 4.° dia e turismo pode estar em risco
De  Francisco Marques
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A greve dos serviços de recolha de lixo em Paris chegou esta quinta-feira ao quarto dia coinsecutivo. O entulho está amontoar-se nas ruas de alguns

A greve dos serviços de recolha de lixo em Paris chegou esta quinta-feira ao quarto dia coinsecutivo. O entulho está amontoar-se nas ruas de alguns dos bairros da segunda cidade europeia mais visita do Mundo, de acordo com o ranking da Mastercard.

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Apesar de alguns bairros da capital serem servidos por empresas privadas de recolha de lixo, o turismo pode estar em risco. “Isto não dá uma boa imagem da cidade” reclamou um visitante temporário que iria ficar “apenas alguns dias” em Paris e que deixou um aviso: “não sei se vou voltar.”

(“Paris, o ‘grande balde de lixo’: Os serviços de recolha de lixo cumprem o 4.° dia de greve”)

Na base desta greve está um protesto dos funcionários dos serviços de recolha de lixo. Pelo menos quatro centrais de tratamento de detritos foram bloqueadas e os motoristas dos carros de recolha de lixo também aderiram.

A classe exige à autarquia a progressão na carreira e os consequentes aumentos salariais, avaliados em cerca de 70 euros mensais por promoção. A Confederação Geral do Trabalho (CGT), uma das maiores uniões sindicais francesas a representzar os serviços públicos, promoveu o protesto na recolha de lixo e exige respeito a Hanne Hidalgo, a presidente da Câmara de Paris, pelas reivindicações da classe.

(“Porque estão em greve os serviços de recolha de lixo em Paris?”)

“Na quarta-feira de manhã, sentámo-nos à mesa das negociações e apenas recebemos desprezo. Desprezo e nada mais sobre a mesa”, lamentou Regis Vieceli, representante dos serviços de recolha de lixo na CGT, acrescentando que o que está a ser pedido à presidente da câmara de Paris é que “se sente à mesa” com os funcionários “tão rápido quanto possível”. “É a senhora Hidalgo que tem feito reféns das pessoas, dos comerciantes e dos contribuintes”, acusou Regis Vicelis, revelando que trabalha na recolha de lixo há 21 anos e ganha 1700 euros por mês.

A greve começou na segunda-feira e vai já no quarto dia. No aranque, aderiram mais de 56 por cento dos 4900 funcionários dos serviços de recolha de lixo. De acordo com a autarquia, esta quinta-feira a adesão foi de 45 por cento.

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