Segunda volta da primeira fase das legislativas, depois da participação de apenas 27% na primeira volta.
É perante a indiferença de uma grande parte do eleitorado que o Egito vai às urnas eleger um novo parlamento.
Vemos desfilar as mesmas caras que pertenciam ao Partido Nacional de Hosni Mubarak e isso é inaceitável, depois de todas as revoluções que tivemos aqui no Egito.
Em certas assembleias de voto, os elementos que deveriam fiscalizar a votação tiveram de encontrar maneiras de matar o tempo, porque os eleitores não apareceram.
Esta é a segunda volta da primeira fase das eleições. A primeira ronda aconteceu nos dias 17 e 18 deste mês e a participação foi de apenas 27%: “Os jovens não participam nas eleições porque há alguma coisa de errado que se está a passar. Vemos desfilar as mesmas caras que pertenciam ao Partido Nacional de Hosni Mubarak e isso é inaceitável, depois de todas as revoluções que tivemos aqui no Egito”, diz um egípcio.
Outro fator a afastar a população das urnas é a repetição, já que esquema de várias fases obriga os eleitores a deslocar-se várias vezes: “Os egípcios estão fartos de ir vezes sem conta às urnas. Outra coisa é que os jovens estão a boicotar estas eleições porque os regimes que lideraram o país depois das duas revoluções não satisfizeram as aspirações da juventude. O exemplo mais palpável é a falta de justiça social e de emprego que faça com que os jovens tenham esperança no futuro”, diz o analista Heshman Mahran.
“A aversão política a que podemos assistir nestas eleições reflete os problemas que persistem no Egito. Os observadores acrescentam que estas eleições vão resultar num parlamento fraco, que não representa a maioria dos egípcios”, conclui o correspondente da euronews no Cairo, Mohammed Shaikhibrahim.