Inglaterra - França, muito mais do que um jogo de futebol "amigável"

Inglaterra - França, muito mais do que um jogo de futebol "amigável"
De  Francisco Marques
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Há vários jogos de futebol marcados para esta terça-feira, incluindo as duas últimas partidas do “playoff” de acesso ao Euro’2016, mas nenhum será tão importante como o Inglaterra-França.

 

Segurança em Londres

A seleção francesa chegou a Londres, pelo meio-dia, rodeada de fortes medidas de segurança. Entre os convocados de Deschamps mantêm-se Lassana Diarra, jogador que perdeu uma prima nos atentados de sexta-feira, e Antoine Grizman, cuja irmã escapou ilesa da sala de concertos Le Bataclan, onde morreram mais de 80 pessoas.

Este duelo histórico é de carácter particular, tem início marcado para as 20h00 (hora de Lisboa) em Wembley. Acontece 4 dias após os sangrentos atentados que atingiram Paris na sexta-feira a noite e que tinham como um dos alvos o França-Alemanha, um outro jogo particular que se jogou nessa fatídica noite.

Os gauleses chegaram a ponderar não participar neste jogo em Londres, mas o presidente da federação gaulesa insistiu e os jogadores acederam. “Tínhamos algumas dúvidas, algumas preocupações face a este jogo, mas o presidente afirmou que teríamos de jogar. Respeitámos a decisão. Vai ser uma boa oportunidade para representar a nação francesa. A nação francesa e mais importante que o futebol”, afirmou Hugo Lloris, o guarda-redes francês que representa o Tottenham, da primeira Liga inglesa, e que esta noite volta a jogar na capital britânica, mas pela seleção francesa e num jogo especial.

A mensagem de Lassana Diarra

A Federação inglesa decidiu, entretanto, que durante a tradicional difusão dos respetivos hinos, os ecrãs do estádio de Wembley vão mostrar a letra de “A Marselhesa”. O selecionador inglês quer ver todo o estádio a cantar.

“Espero que possamos ouvir a letra da ‘Marselhesa’ e que seja possível encorajar os espetadores a cantar com a seleção francesa. É a única coisa que podemos fazer”, afirmou Roy Hodgson, na conferência de imprensa de lançamento do jogo, em que o futebol parece ter ficado em segundo plano.

A equipa dos “3 leões” dedicou um minuto de silêncio às vitimas dos atentados de Paris no derradeiro treino antes do jogo desta terça-feira, no qual haverá ainda mais homenagens de solidariedade para com os franceses.

(“A equipa inglesa observou um minuto de silêncio
por todos os afetados pelos trágicos eventos de Paris na sexta-feira.”)

Hugo Lloris agradece o apoio. “Estamos muito comovidos com todas as mensagens de apoio que nos têm chegado de todo o mundo, em particular de Inglaterra e aqui em Londres. Eu conheço os ingleses muito bem, estou a jogar aqui. Sei que os adeptos são muito respeitosos face a situações como estas”, afirmou o guarda-redes francês, que joga nos londrinos “Spurs.”

(Lloris: “Devemos jogar este jogo pelo nosso país, pelas vitimas.
Vamos tentar focar-nos amanhã no Inglatera-França.”
)

Os jornalistas ingleses presentes na conferência de imprensa francesa entregaram, por fim, um ramo de flores ao selecionador Didier Deschamps. Foi mais um gesto extra futebol de um jogo que promete ser muito mais do que um simples amigável.

(“Os adeptos são aconselhados a chegar cedo para o jogo de terça-feira Inglaterra-França.”)
 

Outros jogos desta terça-feira

“Playoff” de acesso ao Euro’2016 (19h45)
Dinamarca – Suécia (1-2, na primeira mão);
Eslovénia – Ucrânia (0-2).

Particulares mais relevantes
Macedónia – Libano (12h00);
Rússia – Croácia (16h00);
Turquia – Grécia (18h15);
Luxemburgo – PORTUGA (19h30);
Bélgica – Espanha (19h45);
Alemanha – Holanda (19h45);
Italia – Roménia (19h45)
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