Paris tenta regressar à vida normal, três dias após ter sofrido o mais grave atentado de sempre no país. No liceu Voltaire, no 11o bairro da capital
Paris tenta regressar à vida normal, três dias após ter sofrido o mais grave atentado de sempre no país.
No liceu Voltaire, no 11o bairro da capital francesa, palco de alguns dos atentados, os alunos retomaram esta segunda-feira as aulas, entre emoção e revolta, numa cidade sob alta vigilância policial.
Um professor afirma,
“Toda a escola está unida. Vivemos um momento muito forte e quer os alunos, como os professores, a equipa educativa e o diretor do liceu, reagiram de forma positiva, de forma muito solidária”.
Os alunos, a maioria adolescentes, não escondem o traumatismo após os acontecimentos de sexta-feira, decididos, no entanto, a não cederem ao terror. A mesma mensagem repetida pelo presidente francês frente ao Congresso.
“O que aconteceu não nos vai impedir de continuar a viver. Vamos continuar a viver como antes. Claro que, no fundo de nós estamos tristes. Mas não há razões para ter medo, temos que ter confiança no nosso país”, afirma uma aluna.
“A geração anterior à nossa deixa-nos um mundo caótico, um mundo em guerra. Nós ainda temos um futuro, mas a questão é de saber que futuro terão os nossos filhos, com tantos problemas, a começar pelo futuro do planeta. E se para além disto, os homens ainda se batem entre eles, é difícil saber se o futuro vai ser positivo”.