A França vai a votos este domingo para escolher os governos das 13 regiões do país. Trata-se do primeiro sufrágio desde os atentados terroristas de
A França vai a votos este domingo para escolher os governos das 13 regiões do país. Trata-se do primeiro sufrágio desde os atentados terroristas de 13 de novembro que fizeram 130 mortos. A grande interrogação deste escrutínio reside no resultado da Frente Nacional, o partido de extrema-direita de Marine Le Pen.
A resposta do governo socialista aos ataques de Paris não parece ter impacto nas intenções de voto. O analista político Dominique Moisi explica que a popularidade do presidente François Hollande subiu mas apenas no que respeita à personalidade do chefe de Estado. O Partido Socialista e a esquerda em geral não beneficiaram desta subida.
De acordo com dois institutos de sondagens (Ipsos e Odoxa), a Frente Nacional recolhe 30 por cento das intenções de voto na primeira volta, a nível nacional. Mas como o escrutínio é maioritário a duas voltas, a extrema-direita só pode sonhar com a vitória em três regiões se a esquerda e a direita tradicional se mantiverem na segunda volta. As candidaturas com mais de 10 por cento dos votos podem apresentar-se à ronda decisiva.
A esquerda, por exemplo, tem como tradição desistir da corrida e pedir aos seus eleitores para votarem na direita tradicional, evitando assim a eleição de candidatos da extrema-direita. Os socialistas do primeiro-ministro Manuel Valls estão creditados com 22 por cento das intenções de voto na primeira volta e 34 por cento na segunda volta. O partido de Nicolas Sarkozy, rebatizado Os Republicanos, surge com 29 por cento e 36 por cento nas duas rondas. O debate sobre a atitude a tomar na segunda volta promete ser aceso no seio da direita tradicional.