A Argentina vira a página de doze anos de poder dominados pelo casal Kirchner, com a tomada de posse do novo presidente de centro-direita. Mauricio
A Argentina vira a página de doze anos de poder dominados pelo casal Kirchner, com a tomada de posse do novo presidente de centro-direita.
Mauricio Macri de 56 anos prestou juramento, esta quinta-feira, em Buenos Aires, depois de ter derrotado Cristina Fernandez no sufrágio de há três semanas.
No seu primeiro discurso, o antigo presidente da Câmara de Buenos Aires apelou à unidade, relembrando as promessas eleitorais, centradas sobre o combate ao desemprego, ao tráfico de droga e à corrupção.
Uma tomada de posse marcada pela ausência da sua antecessora, cujo mandato terminou na quarta-feira, obrigando à nomeação de um chefe de Estado interino por apenas 12 horas.
No centro de Buenos Aires, duas manifestações opostas, saudavam e condenavam a mudança na presidência.
“o governo anterior era cúmplice do tráfico de droga e com Macri vamos pôr fim a este crime”, afirma um apoiante do novo chefe de Estado.
Do lado da oposição de esquerda, o movimento de denúncia dos crimes da ditadura, as “Mães da praça de Maio”, não esconde o descontentamento:
“O inimigo regressa uma vez mais ao palácio do governo. Esteve ausente durante 12 anos, mas agora está de regresso. Macri é um homem que pensa que o país é uma empresa, um homem com um discurso vergonhoso e que se utiliza da justiça para poder chegar à presidência”.
A vitória de Macri na Argentina marca igualmente o fim da vaga de esquerda que dominou a América Latina desde o início da primeira década de dois mil.