O governo do Burundi rejeita a entrada no país da missão de paz da União Africana (UA). O Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana (UA)
O governo do Burundi rejeita a entrada no país da missão de paz da União Africana (UA).
O Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana (UA) tinha aprovado na quinta-feira o envio de cinco mil soldados para o Burundi com o mandato de proteger os civis e de evitar uma guerra civil no país.
A recusa das autoridades do Burundi pode ser contornada, mas para isso é necessário agora que dois terços dos chefes de Estado da União Africana aprovem a decisão.
Face à escalada de violência registada nos últimos meses no Burundi, a União Africana advertiu na quinta-feira que não permitirá “outro genocídio” no continente.
Em abril teve início uma série de violentos protestos depois de Pierre Nkurunziza ter anunciado a intenção de concorrer às eleições pela terceira vez, contra a regra Constitucional. As eleições foram realizadas e Nkurunziza ganhou, com 69% dos votos.
Em Novembro passado, a ONU informou estar preparada para enviar Capacetes Azuis ao Burundi caso a violência se tornasse incontrolável no país.
A decisão da União Africana foi anunciada uma semana depois dos ataques de 11 de Dezembro contra três campos militares, que deram lugar aos combates mais intensos no Burundi desde o golpe de Estado militar abortado de 13 e 14 de maio.