Polícia de Colónia acusada de tentar silenciar origem dos agressores

Polícia de Colónia acusada de tentar silenciar origem dos agressores
De  Ricardo Figueira com AFP, Reuters, APTN, DW
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Perante a alegada tentativa de calar a origem dos agressores, o governo da Renânia do Norte Vestfália está sob pressão.

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Mais de uma semana depois da vaga de agressões sexuais de que foram vítimas centenas de mulheres em cidades como Colónia, na noite de Ano Novo, começam a emergir novos detalhes, nomeadamente sobre a atuação da polícia. Muitos dos participantes eram, alegadamente, refugiados ou migrantes estrangeiros.

Ao mesmo tempo, o ministro alemão do Interior, Thomas de Mazière, condenou as recentes agressões contra estrangeiros, mas também a atitude sexista de alguns migrantes: “Quando pessoas que procuram asilo são insultadas como gado, quando os centros de refugiados são incendiados, os políticos deste país rotulados de traidores e a imprensa chamada de mentirosa, ou quando pessoas que procuram asilo chamam prostitutas às mulheres que atravessam a rua, tudo isso é uma situação inaceitável”, disse o governante.

Um dos aspetos que está a gerar mais polémica é a alegada tentativa da polícia de ocultar a origem dos alegados agressores. A oposição ao governo SPD/Verdes da Renânia do Norte-Vestefália não poupa as críticas: “Se houve instruções por parte do Ministério do Interior (estadual) à polícia para não mencionar a origem dos perpetradores, isso significa algo muito perigoso em termos sociopolíticos”, disse o presidente da CDU no “land”, Armin Laschet.

Para já, a polícia identificou 19 suspeitos, a maioria de nacionalidade marroquina. A onda de agressões levou a três manifestações simultâneas em Colónia. A mais importante foi aquela em que centenas de mulheres pediram, simplesmente, segurança e respeito. Paralelamente, houve manifestações da extrema-direita anti-imigração e de grupos antifascistas.

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