A Alemanha está contra a decisão da vizinha Áustria em limitar o número de pedidos de asilo permitidos este ano aos 37.500, num total de 127.500 até
A Alemanha está contra a decisão da vizinha Áustria em limitar o número de pedidos de asilo permitidos este ano aos 37.500, num total de 127.500 até ao final de 2019. Os responsáveis germânicos consideram que a decisão austríaca não ajuda aos esforços em negociar uma abrangente solução europeia com apoio da Turquia, por onde a maioria dos migrantes passa rumo à União Europeia.
Presente numa cimeira da União Social-Cristã (CSU), na Baviera, a chanceler Angela Merkel defendeu a importância do diálogo entre todos os países europeus afetados pela crise de refugiados mesmo que não se concorde com tudo o que está ser feito.
Closing borders is not the best solution. #EU hasn't yet presented clear solution for #migrants. #Davos#WEF2016pic.twitter.com/sjHgOpWijL
— Александар Вучић (@avucic) 20 janeiro 2016
(PM da Sérvia: “Fechar as fronteiras não é a melhor solução,
mas a UE ainda não apresentou uma solução clara para os migrantes.”)
Em Davos, na Suíça, o vice-chanceler alertou para o impacto na Europa de um eventual encerramento das fronteiras na chamada rota de migração dos Balcãs.
“Partir para o fecho das fronteiras da Europa seria uma catástrofe económica. Estamos aqui no Fórum Económico Mundial e seria fácil calcular o desemprego que iria gerar o regresso às fronteiras fechadas”, afirmou Sigmar Gabriel, considerando, ainda assim, o retomar do controlo da fronteira com a Eslovénia como “um grito de ajuda da Áustria para a Europa”. “É mais do que justificado”, assumiu.
Protecting Europe's external borders must not result in sealing ourselves off completely: Joachim Gauck https://t.co/FFHjcWai0O#wef
— World Economic Forum (@Davos) 20 janeiro 2016
(Joachim Glauck: “Proteger as fronteriras externas da Europa não pode resultar em fecharmo-nos por completo.”)
Há mais migrantes a fazerem-se ao mar
Alheios ao que se passa no coração da Europa, os migrantes e refugiados continuam a fazer-se ao mar em largos números rumo à União Europeia. Esta quarta-feira à noite, recebemos imagens de mais um grupo a desembarcar na ilha grega de Quios, uma escala privilegiada pelos migrantes e refugiados oriundos do Médio Oriente, a pouco mais de 14 milhas da Turquia, e por onde, no ano passado, terão passado cerca de 120 mil pessoas atrás do sonho de uma vida melhor e em segurança.
In 2016, 31,244 #migrants & refugees arrived in Greece by sea, a 2100% spike from a year ago https://t.co/ZgGdkLO4VNpic.twitter.com/4pT278phpa
— IOM (@IOM_news) 20 janeiro 2016
De acordo com a Organização Internacional para a Migração (IOM), só este ano, nos primeiros 17 dias de janeiro, já chegaram à Grécia, através do mar, 31.244 migrantes e refugiados, o que representa um impressionante aumento homólogo de mais de 2100 por cento face às 1472 chegadas registadas pela guarda costeira grega em janeiro do ano passado.
> Facing razor wire fences, closed borders, inhumane reception conditions: #SafePassage Report https://t.co/xPkj347KSupic.twitter.com/0LuCGn6Mu3
— Doctors w/o Borders (@MSF_USA) 19 janeiro 2016
(Enfrentar arame farpado, fronteiras fechadas, condições inumanas de receção: Relatório.
Em 2015, a Europa recebeu mais de um milhão de pessoas com arame farpado. Em 2016, isto tem de mudar.)