Um murro em cima da mesa, durante o Conselho de Segurança da ONU dedicado à situação no Médio Oriente. Sem poupar palavras, o Secretário-Geral da
Um murro em cima da mesa, durante o Conselho de Segurança da ONU dedicado à situação no Médio Oriente.
Sem poupar palavras, o Secretário-Geral da ONU condenou como uma provocação, a decisão de Israel de expandir dois colonatos na Cisjordânia.
Um gesto que, para Ban Ki-Moon, levanta questões sobre a vontade de Israel de encontrar uma solução para um conflito com mais de 50 anos.
“As atividades contínuas nos colonatos representam uma afronta ao povo palestiniano e à comunidade internacional. Estou profundamente abalado pelas informações de que o governo israelita aprovou hoje planos para construir mais 150 casas em colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada”.
Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não tardou a responder a Ban Ki-Moon, num tom ainda menos conciliatório:
“As palavras do Secretário-Geral apenas apoiam o terrorismo. Não há qualquer justificação para o terrorismo, ponto final. Os assassinos palestinianos não querem construir um estado, mas destruir um estado e dizem-no publicamente. A ONU perdeu há muito tempo a sua neutralidade e os seus poderes morais e estas palavras do Secretário-Geral não melhoram a situação”.
Em causa está também o projeto israelita de utilizar como terras agrícolas uma área de 150 hectares, na Cisjordânia ocupada, próxima da fronteira com a Jordânia.
O gesto israelita inflama ainda mais a tensão no território, onde qualquer perspetiva de paz encontra-se enterrada desde a suspensão das discussões em Abril de 2014.