A Organização Mundial de Saúde (OMS) criou, esta terça-feira, uma "unidade de resposta global" para coordenar as ações de combate ao vírus Zika. Para além dos casos de microcefalia e a sua provável re
Um dia depois de ter declarado uma emergência sanitária de dimensão internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela quarta vez na sua história, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou, esta terça-feira, uma “unidade de resposta global” para coordenar as ações de combate ao vírus Zika. Para além dos casos de microcefalia e a sua provável relação com o Zika, que ainda não foi comprovada, a OMS está preocupada com a rápida propagação do vírus.
O diretor do departamento de cuidados de saúde maternoinfantis da OMS, Anthony Costello, recorda que o vírus não se transmite “entre pessoas”, mas sim de determinados “mosquitos para os humanos” e que o grande risco é que o vírus regresse a África e à Ásia, onde a natalidade é maior, e possa chegar ao sul da Europa e dos Estados Unidos.
O responsável da OMS avança também que o fenómeno El Niño “pode ser uma das razões propagação do vírus” e avisa que uma vacina está “a anos, não a meses de distância”.
A OMS espera 3 a 4 milhões de casos de Zika este ano, 1,5 milhões dos quais no Brasil.
O vírus Zika é transmitido pelo mesmo mosquito que espalha o dengue e a febre amarela. Em Portugal, este mosquito (Aedes aegypti) só foi encontrado na Madeira.
Até agora, a OMS só tinha declarado situações de emergência sanitária de dimensão internacional por causa da poliomielite, do vírus H1N1 e do ébola.