A seis meses dos Jogos Olímpicos do Rio, o vírus Zika vem perturbar os últimos preparativos e as eventuais receitas do turismo que o Brasil contava
A seis meses dos Jogos Olímpicos do Rio, o vírus Zika vem perturbar os últimos preparativos e as eventuais receitas do turismo que o Brasil contava arrecadar. Atualmente a única ação possível contra a epidemia é a prevenção. As mulheres grávidas são o principal grupo de risco.
O governo brasileiro recomendou às mulheres grávidas para não visitarem o país e a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o vírus Zika de “emergência de saúde global”. No entanto, o comité organizador do Rio2016 diz que a saúde dos atletas não está em risco porque o número de mosquitos diminui em agosto. “Não estamos na época das chuvas. Em termos históricos, a hipótese de ter uma contaminação generalizada do Zika durante o período dos Jogos Olímpicos não é importante” – explica João Grangeiro, diretor dos serviços médicos do comité organizador do Rio2016.
As companhias aéreas começaram a oferecer o reembolso dos bilhetes ou a mudar as datas ou o destino das viagens das mulheres grávidas que tinham previsto viajar para os países afetados pelo Zika. Mas, por enquanto, os turistas continuam a viajar para o Brasil onde um milhão e meio de pessoas terá contraído o vírus desde o início da epidemia, há um ano. Se ainda não se registaram muitas anulações de viagens, constata-se, por outro lado, um aumento das vendas dos seguros associados aos bilhetes.
A epidemia propagou-se rapidamente por duas dezenas de países das Américas. Só o Chile e o Canadá terão sido poupados num continente onde a OMS calcula que venham a ser infetadas quatro milhões de pessoas. Atualmente foram registados casos de Zika em 30 países, no mundo inteiro.