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Uganda: Violência ensombra eleições

Uganda: Violência ensombra eleições
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De  Ricardo Figueira com AFP, Reuters
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Os comícios da oposição têm sido marcados por confrontos com a polícia.

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O fantasma da violência paira sobre o Uganda, à medida que se aproxima a data da primeira volta das eleições presidenciais, marcada para esta quinta-feira.

Yoweri Museveni, há 30 anos no poder, é mais uma vez candidato à própria sucessão, mas desta vez um dos candidatos da oposição parece bem posicionado e acredita que pode mesmo vencer à primeira volta, mesmo se Museveni é dado como favorito.

Kizza Besigye juntou vários milhares de pessoas num comício na capital, Kampala, tal como o presidente, embora com muito menos meios de campanha. É a quarta vez que se candidata e é visto como o principal opositor de Museveni. Amama Mbabazi, atual primeiro-ministro, é também candidato.

Vários comícios da oposição acabaram já em violência. Uma pessoa morreu em confrontos com a polícia. Depois das eleições, a situação pode piorar, sobretudo caso Museveni vença.

“Vai haver violência pós-eleições? É provável que isso aconteça. A oposição não tem qualquer confiança na comissão eleitoral do Uganda, encarregue de gerir o processo eleitoral, e os resultados podem não ser aceites. A oposição pode não aceitar os resultados, se perder”, diz o analista político Ndebesa Nyamwasya.

O último episódio de violência aconteceu num comício de Besigye na noite de segunda-feira. Os confrontos entre a polícia e apoiantes do candidato da oposição fizeram um morto. A polícia usou gás lacrimogéneo e chegou a deter Besigye. Várias figuras da oposição dizem que pelo menos três pessoas foram mortas a tiro nos confrontos.

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