Segundo o Alto comissariado da ONU para os refugiados, cerca de 3000 sírio pretendem regressar a casa. Mas Homs é hoje um amontoado de escombros
O que quer dizer “voltar para casa”, quando as casas nada mais são do que destroços?
Esta é uma pergunta que se colocam, certamente, os cerca de 3000 sírios que pretendem regressar a Homs.
Ao fim de 5 anos de guerra e 3 de cerco, aquela que foi, outrora, a terceira maior cidade da Síria, não é hoje mais do que um monte de escombros.
“É uma dor de alma. Trabalhei duro durante 40 anos e investi todas as minhas economias na minha casa – e agora encontro-a assim, destruída. Assim que a água e a eletricidade forem restabelecidas, nós voltamos para cá, e vamos ficar muito felizes de regressar. Estamos a viver uma vida indigna na aldeia”, explica Radhi, um antigo habitante da cidade.
New from Homs – Syrian returnees face challenge of rebuilding their homes from the rubble https://t.co/5DP3aW15Yqpic.twitter.com/FdrP5cLbBs
— UN Refugee Agency (@Refugees) 19 Février 2016
Das escolas, hospitais, lojas… da vida de antanho, nada resta, em Homs.
Para alguns habitantes, ver a cidade tal como ela é hoje, é como assistir a um (mau) filme, como explica Hadi: “Uma coisa é regressar às raízes, regressar à vida, regressar à nação. Isto é a nossa vida e não a esquecemos. Mas isto, isto não é a Síria – isto é como um filme…”
O Alto comissariado da ONU para os refugiados estima que, desde o início da guerra, mais de 490.000 habitantes abandonaram a cidade antiga de Homs.