O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, perdeu hoje a segunda votação de investidura para presidente do Governo de Espanha, tornando-se no
O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, perdeu hoje a segunda votação de investidura para presidente do Governo de Espanha, tornando-se no primeiro candidato na história da democracia espanhola a não conseguir fazê-lo.
No voy a resignarme a que Rajoy siga siendo el presidente del Gobierno. Por mí no va a quedar. #SesiónDeInvestidurapic.twitter.com/VZnHvKVCVl
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) 4 mars 2016
Nesta segunda votação, o candidato socialista apenas precisava de maioria simples, mas obteve 218 votos contra e 131 votos a favor (90 dos socialistas, 40 do Ciudadanos e um da Coligação Canária).
Na primeira votação, na quarta-feira, Sánchez tinha perdido com 219 votos contra, uma abstenção (Coligação Canária) e 130 votos a favor.
O líder socialista torna-se assim no primeiro candidato à investidura a não conseguir ser aprovado em duas votações. Os deputados poderão agora, em novas votações, eleger um presidente do Governo até 02 de maio. Caso não o consigam fazer até essa data, as Cortes Gerais são dissolvidas e repetem-se as eleições a 26 de junho.
O PP, de Mariano Rajoy, e o Podemos, de Pablo Iglesias, votaram – como já tinham anunciado – contra o candidato socialista. Os “populares” consideram que ganharam as eleições de dezembro (com 123 deputados, mas sem maioria absoluta), pelo que propõem um governo de “grande coligação, com o PSOE e o Ciudadanos.
Já o partido de Pablo Iglesias tem vindo a reiterar que o PSOE recebeu uma proposta de governo de coligação à esquerda (com Podemos e Izquierda Unida), mas que preferiu fazer um acordo com o centro-direita (Ciudadanos). Iglesias insiste que está disponível a negociar com Sánchez, mas apenas um governo de esquerda, sem o Ciudadanos.
¿Queréis saber quién mandaría si saliese adelante el acuerdo PSOE-Cs? Os los presentan en este artículo. https://t.co/kAnUsCBltS
— Pablo Iglesias (@Pablo_Iglesias_) March 4, 2016
Até 02 de maio os partidos poderão negociar novos acordos, mas o Rei de Espanha, Felipe VI, também poderá convidar outros candidatos a formar governo. No entanto, a Constituição espanhola é omissa quanto à forma como este processo (agora numa fase inédita) pode ou tem de decorrer.
(LUSA)