O mundo do desporto ficou em choque com a notícia de que Maria Sharapova acusou positivo num controlo antidoping durante o Open da Austrália.
O mundo do desporto ficou em choque com a notícia de que Maria Sharapova acusou positivo num controlo antidoping durante o Open da Austrália.
A tenista russa admitiu que tomou durante cerca de 10 anos uma substância que desde 1 de janeiro deste ano está na lista das que são ilegais para a Agência Mundial Antidopagem (AMA).
A substância é a meldonium, uma molécula presente num medicamento com o nome de Mildronate. Sharapova tomava-o para para controlar uma história familiar de diabetes e deficiências de magnésio. Mas a comercialização deste medicamento não é autorizada nem na Europa Ocidental, nem nos Estados Unidos. É vendido na Europa de Leste.
Reações de reprovação e de apoio
As reações de apoio e de contestação a Maria Sharapova surgiram de imediato, sobretudo vindas do mundo do tenis.
Jennifer Capriati, antiga líder do ranking mundial e que abadonou o circuito em 2004, no Twitter, garantiu estar desapontada e lembrou que teve uma ‘queda’ na carreira, mas nunca fez batota. Nunca teve uma equipa de médicos paga a preço de ouro para encontrar forma de contornar os regulamentos».
A ex-tenista Martina Navratilova pediu calma uma vez que ainda não são conhecidos todos os factos e que o medicamento era legal até ao ano passado. James Blake valorizou o reconhecimento da responsabilidade, tal como Ryan Harison.
Uma das reações mais aguardadas era a de Serena Williams. A número um do mundo lamentou as notícias mas elogiou a atitude da colega. “As pessoas ficaram surpreendidas e em choque com o que aconteceu com a Maria, mas ao mesmo tempo ficaram felizes porque ela foi honesta. Assumiu que foi negligente ao não ver a lista de substâncias proibidas no fim do ano”, afirmou a tenista, de 34 anos.
Sergey Simakov, antigo pugilista russo garante que “Sharapova só teve o azar de ser apanhada uma vez que toda a gente do desporto toma drogas. É difícil encontrar um desportista que não tome. Quando era novo foi pugilista profissional e se alguém me dissesse que um atleta profissional não tomava drogas, iria rir-me”.
Desde o início do ano 14 atletas acusaram positivo em meldonium: seis lutadores georgianos, um ciclista russo, dois maratonistas etíopes, uma fundista sueco-etíope, dois biatletas ucranianos e uma patinadora e tenista russas.