Aprendizagem e clarificação: duas armas contra o extremismo

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Há uma guerra em curso no Iraque contra o Daesh, mais concretamente contra aquilo a que muitos muçulmanos chamam de “distorção de crenças e da

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Há uma guerra em curso no Iraque contra o Daesh, mais concretamente contra aquilo a que muitos muçulmanos chamam de “distorção de crenças e da própria religião.” Uma batalha que visa por fim à manipulação do livro sagrado por parte de grupos extremistas.

O combate às ideias deformadas já está em marcha na região curda de Erbil, no norte do Iraque. O objetivo é clarificar os versículos e evitar que os preceitos do Corão e, de forma mais abrangente, do Islão serviam para justificar atos injustificáveis.

Nesse sentido, alguns imãs – responsáveis pelas orações de sexta-feira e considerados próximos do autodenominado Estado Islâmico – foram afastados das mesquitas.

“Estamos a focar a luta contra a ideologia extremista nas orações de sexta-feira e a apostar na coexistência pacífica de diferentes grupos religiosos e nacionalidades. Também, na paz, no amor e na manutenção da segurança interna. A guerra contra o Daesh aumentou a nossa responsabilidade no combate ao extremismo” afirma o imã, Barzan Rasheed.

O Ministério curdo das Doações e dos Assuntos Religiosos reconhece que mais de cinco por cento dos sermões de sexta-feira ultrapassa as barreiras da religião.

A decisão de afastar alguns imãs foi tomada depois de prisioneiros do Daesh terem admitido que a radicalização começou nas mesquitas.

Depois disso, também, vários livros religiosos suspeitos de promoverem ideias e valores fundamentalistas foram retirados das mesquitas.

“Com a ajuda dos pregadores de sexta-feira estamos a tentar que os imãs iluminados acedam às prisões do Curdistão e tentem influenciar a mentalidade dos prisioneiros do Daesh, a mentalidade desses jovens equivocados” refere Mariwan Naqshbandi, ministro curdo das Doações e dos Assuntos Religiosos.

Mas o papel dos imãs no combate ao extremismo não se limita às mesquitas. Também, nas escolas assumem um papel essencial. Dos livros, aos professores a eles cabe detetar os sinais de perigo e instalar todo um conjunto de procedimentos para manter afastados todos aqueles que seguem ou tentam incentivar a uma interpretação radicalista e ultraconservadora do livro sagrado.

Mohammed Shaikhibrahim: “A interpretação extremista do islão por parte do Daesh priva esta religião de sua dimensão humana, tida como a essência das religiões monoteístas. Esta é, portanto, uma contraofensiva lançada por religiosos que visa não só reintegrar os jovens como protegê-los das interpretações que o Daesh fez da própria religião”

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