Os ucrânianos estão desiludidos com o resultado do referendo holandês, que rejeita o acordo de associação comercial da Ucrânia à União Europeia.
Os ucrânianos estão desiludidos com o resultado do referendo holandês, que rejeita o acordo de associação comercial da Ucrânia à União Europeia.
O referendo teve uma taxa de participação acima dos 30 por cento, percentagem mínima para o tornar válido. O “não” ganhou com a expressiva percentagem de 61,1 por cento, segundo os resultados finais provisórios.
“Este resultado é uma grande desilusão, talvez a maior (desilusão) dos últimos anos. Amesterdão, as instituições holandesas e a Ucrânia estão à procura de alternativas que permitam manter o acordo de associação comercial. Mas parece claro que a União Europeia continua a dar ouvidos ao povo”, afirma o analista político, Yriy Panchenko.
“Estou muito triste”, refere uma ucraniana, “porque os políticos intrometeram-se no destino do nosso país. Talvez o meu futuro, a minha família e o meu país estejam em risco por causa disto”.
De visita ao Japão, o Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, reagiu minimizando a importância do referendo. Para Poroshenko continua a ser viável um acordo comercial entre Kiev e a União Europeia.
“Continuaremos a implementar o acordo de associação com a União Europeia sob qualquer circunstância, incluindo um acordo profundo e compreensivo de comércio livre. A Ucrânia vai continuar a aproximar-se da União Europeia”, referiu Petro Poroshenko, Presidente ucraniano.
O chefe de Estado ucraniano referiu ainda em comunicado que o “não” visa acima de tudo os decisores europeus.
Por seu turno, o governo holandês disse, esta quarta-feira, que não pode ignorar a votação e que o assunto precisa agora de ser discutido no Conselho Ministros, na Europa e no Parlamento.