Badminton: Número 2 do mundo tem Jogos Olímpicos em risco devido a jogo ilegal

Badminton: Número 2 do mundo tem Jogos Olímpicos em risco devido a jogo ilegal
De  Francisco Marques com japan times, nhk
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Os dois melhores jogadores de badmínton do Japão, incluindo o novo número 2 do mundo, Kento Momota, estão em risco de falhar, por castigo, os Jogos

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Os dois melhores jogadores de badmínton do Japão, incluindo o novo número 2 do mundo, Kento Momota, estão em risco de falhar, por castigo, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Os atletas do clube NTT East frequentaram, de forma ativa e repetida, casinos ilegais no Japão, um tipo de entretenimento ainda proibido no país, e terão gasto milhões do dinheiro ganho com o desporto.

O crime será ainda agravado pelo facto de as casas de jogo frequentadas serem, ao que tudo indica, propriedade da mesma pessoa e servirão para financiar atividades do crime organizado nipónico, nomeadamente de um sindicato mafioso local, o Sumiyoshi-kai.

Badminton news | Badminton stars Momota, Tago visited illegal casino: Badminton superstar Kento Momota and tea… https://t.co/jVKLjzkXMi

— BADMNTONWORLD (@BADMNTONWORLD) 7 de abril de 2016

(Estrelas do badmínton Momota e Tago visitaram casinos ilegais…)

Kento Momota, de 21 anos, e Kenichi Tago, de 26, protagonizaram esta sexta-feira uma conferência de imprensa, na qual admitiram ter participado em jogo ilegal e pediram desculpas púbicas pelo sucedido.

“É extremamente lamentável que eu tenha causado este problema. Traí todas as pessoas, incluindo quem me criou, as pessoas na prefeitura de Fukushima e a minha associação de adeptos”, afirmou Momota.

[ Consulte aqui o ranking mundial de badmínton, atualizado quinta-feira ]

Mais emotivo, Kenichi Tago, atleta olímpico em Londres 2012 e atual número 63 do mundo, confessou ser o responsável por Momota ter começado a jogar nos casinos ilegais e admitiu ser viciado no jogo.

“Sabia que era algo que não podia fazer, mas não me consegui conter”, admitiu, em lágrimas, deixando ainda um apelo aos responsáveis japoneses em nome do amigo e colega de equipa: “Peço apenas a toda a gente para darem a Momota uma segunda chance. Ele estava a preparar-se para os Jogos Olímpicos e eu lamento muito.”

Kenichi Tago – “I don't care what punishment I get. My only wish is that you give Momota another chance.” pic.twitter.com/qpr6f056C5

— Badminton Updates (@badmintonupdate) 8 de abril de 2016

(Kenichi Tago: “Não quero saber do castigo que vou apanhar. O meu único desejo é que deem a Momota outra hipõtese.”)

A empresa de telecomunicações que detém o clube de ambos, a NTT Corp., abriu uma investigação ao caso após os dois jogadores regressarem quinta-feira de um torneio internacional na Malásia.

A investigação apurou que Kenichi Tago terá frequentado um casino de Sumida, próximo de Tóquio, em 10 ocasiões, entre outubro de 2014 e março de 2015, tendo depois mudado o vício para um outro casino em Yokohama, entre maio de 2015 e janeiro deste ano. A mudança terá sido precipitada por uma alegada rusga policial no casino de Sumida.

Os dois jogadores admitiram ter começado a frequentar casinos nas idas ao estrangeiro, em países onde essa prática é legal. A convite de Tago, Momota terá a certa altura visitado o casino de Sumida, acabando por repetir a experiência cerca de seis vezes.

De acordo com a empresa, até ao ano passado, Momota havia recebido salários na ordem dos 27 milhões de ienes (quase 220 mil euros) e Tago cerca 20 milhões (160 mil euros). Nas idas aos casinos ilegais, Momota terá gasto meio milhão de ienes (4000 euros) e Tago cerca de 10 milhões (80.700 euros).

O clube promete um castigo severo para ambos, sobretudo pelo exemplo que os dois atletas representam para o desporto e para a sociedade em geral. A Federação nipónica reúne-se segunda-feira para avaliar o caso, mas é quase certo que ambos falhem as olimpíadas no Brasil.

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