O antigo banqueiro espanhol Mario Conde foi detido, esta segunda-feira, em Madrid, acusado de branqueamento de capitais, num caso relacionado com
PUBLICIDADEO antigo banqueiro espanhol Mario Conde foi detido, esta segunda-feira, em Madrid, acusado de branqueamento de capitais, num caso relacionado com dinheiros que teria retirado do antigo banco que liderava, o Banesto, nas décadas de 1980 e 1990.
Conde já esteve preso por gestão danosa da instituição. Agora voltou a ser detido juntamente com outras sete pessoas, entre elas o filho, a filha e o genro.
As autoridades suspeitam que Mario Conde tenha desviado cerca de 10 milhões de euros do banco para contas na Suíça e Reino Unido, que entretanto foi transferindo lentamente para Espanha. Além disso, terá criado uma empresa de cosméticos que serviria para “lavar” esse dinheiro.
Esta detenção decorre então 23 anos depois de ter rebentado o caso Banesto e 11 anos após Conde ter saído da prisão, onde esteve sob a acusação de apropriação indevida, fraude e falsificação. O antigo banqueiro deixou um buraco de 2.700 milhões de euros no Banesto. A instituição teve de ser intervencionada pelo Estado espanhol em 1993 pelo Banco de Espanha e acabou por ser integrada no Santander.
Agora as autoridades espanholas deteraram que Mario Conde estaria a usar engenharia financeira para trazer de volta o dinheiro: através da transferência de montantes derivada do pagamento de serviços entre as empresas localizadas em Espanha e no estrangeiro; aumentos de capital fictícios em algumas de suas empresas espanholas; e empréstimos sem retorno aparente entregues pelas empresas situadas no exterior, em favor das sociedades espanholas.