Brasil: Dilma cancela discurso para evitar protestos em pleno debate do "impeachment"

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Atualizado às 21h20 com cancelamento do discurso de Dilma O parlamento brasileiro iniciou esta tarde o debate sobre a destituição da presidente Dilma

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Atualizado às 21h20 com cancelamento do discurso de Dilma

O parlamento brasileiro iniciou esta tarde o debate sobre a destituição da presidente Dilma Rousseff.

Depois do Supremo Tribunal ter rejeitado ontem o último recurso da chefe de Estado contra o “impeachment”, as discussões vão prolongar-se até ao voto de domingo.

A primeira sessão foi marcada pelo confronto entre os deputados pró-destituição, que acusam Dilma de ter manipulado as contas públicas para ocultar a falência do país, e o ministro da Justiça que voltou a denunciar um golpe contra o governo.

A presidente deveria dirigir-se esta noite ao país às 20h00 locais (12h00 em Lisboa), através da televisão, para tentar defender-se uma vez mais das acusações e denunciar igualmente um “golpe”.

A intervenção foi, no entanto, anulada à última da hora, esta noite, por medo que o discurso pudesse provocar protestos e queixas legais, em pleno debate do “impeachment”.

Fontes da presidência ponderam ainda difundir a mensagem de Dilma apenas através das redes sociais.

Lula critica os que “querem sentar-se na cadeira antes da hora”

O ex-presidente Lula da Silva dirigiu-se esta sexta-feira, por vídeo, aos deputados brasileiros para pedir-lhes que “barrem o impeachment” e que não ouçam os, “cantos de sereia daqueles que querem sentar-se na cadeira antes da hora”.

Desde a saída do PMDB da coligação do governo, em Março, que outros partidos decidiram juntar-se à campanha contra Dilma.

Segundo as últimas estimativas o SIM à destituição deverá ser apoiado por pelo menos 342 deputados, o mínimo para que a decisão possa ser submetida ao Senado, onde uma maioria está igualmente a favor do impeachment.

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