Lesbos: Papa Francisco deixa mensagem de esperança no campo de Moria

Após ter ido a Lampedusa, nos primeiros dias do seu pontificado, o Papa Francisco regressa ao coração do Mediterrâneo.
O chefe da igreja católica visita este sábado a ilha de Lesbos que está na linha de frente da crise migratória da Europa.
Numa viagem relâmpago, o Sumo Pontífice encontrou-se com os refugiados ao lado do patriarca de Constantinopla Bartolomeu II, líder dos 250 milhões de cristãos ortodoxos que vivem em Istambul, e Ierónimo II, chefe da igreja ortodoxa grega.
Os três líderes religiosos visitaram Moria, transformado em centro de detenção, um complexo amplo e cercado que abriga mais de 3 mil refugiados desde que a União Europeia e Ancara fecharam um acordo, no mês passado, para conter o fluxo migratório.
Na sua chegada a Lesbos, o arcebispo Ierónimo destacou que o objetivo da visita à ilha é tornar o problema dos refugiados tema internacional, que não é só responsabilidade da Grécia, mas também da Europa e do mundo.
Também foi assinada uma declaração conjunta, na qual os três chefes espirituais enviam uma forte mensagem aos líderes internacionais.
A crise dos migrantes e refugiados agravou-se desde a visita de Francisco a Lampedusa, em 2013. Depois disso o drama destas pessoas tem sido tema habitual nas suas intervenções tanto em Roma como nos países a que se tem deslocado.
A visita papal não dura mais que um só dia, à semelhança das deslocações que Francisco tem feito uma vez por mês, no âmbito do Jubileu da Misericórdia.