No Equador, é uma corrida contra o tempo, para encontrar mais sobreviventes do violento sismo de sábado. Já estão contabilizados perto de 500 mortos
É uma corrida contra o tempo, no Equador, para encontrar mais sobreviventes do violento sismo de sábado neste país da América do Sul.
Ao final da tarde desta terça-feira, o balanço provisório da catástrofe dava conta de pelo menos 480 mortos, mais de 230 desaparecidos e cerca de 4000 feridos.
Cada novo resgate de um sobrevivente é sentido como um milagre.
O terramoto, de magnitude 7.8 na escala de Richter, foi o mais destrutivo das últimas décadas no país. O presidente do Equador declarou que o sismo terá infligido perdas entre 2.000 milhões e 3.000 milhões de dólares à indústria petrolífera, o principal sustento da frágil economia equatoriana, que deverá perder 2 a 3% de crescimento por causa da catástrofe, referiu Rafael Correa. As previsões já apontavam para um crescimento nulo, este ano. Agora, o país deverá entrar em recessão.
“Não nos podemos iludir, vai ser uma longa luta (…) a reconstrução vai demorar anos e custar milhões”, assumiu o chefe de Estado.
Segundo as autoridades de Quito, o terramoto destruiu ou provocou estragos em cerca de 1500 edifícios e desalojou mais de 20 mil pessoas.
10.000 militares e 6.000 polícias foram destacados para os locais mais afetados e os serviços de socorro contam com o apoio de mais de 400 especialistas, que vieram de vários pontos da América Latina, mas também da Suíça e de Espanha.
Uma residente de Manta resume a situação:
É o caos. Não podemos dormir dentro de cassa porque temos medo do que possa acontecer. Temos medos pelas crianças. Estamos assustados”.