O Furacão Beryl, que começou com categoria 5, desloca-se agora para o México depois danificar estruturas em todas as Caraíbas, incluindo o telhado do Aeroporto Internacional Norman Manley, na Jamaica.
O furacão Beryl, que chegou ao Caribe na segunda-feira, 1 de julho, é o primeiro grande furacão da temporada e o maior já registado nesta época do ano.
A tempestade atingiu a Jamaica com força na tarde de quarta-feira, arrancando árvores, telhados e destruindo quintas, depois de já ter atingido outras ilhas das Caraíbas.
O número de mortos causados pelo furacão subiu para, pelo menos nove, sendo que uma vítima mortal foi na Jamaica.
Na noite de quarta-feira, madrugada de quinta, o primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, informou na rede social X o recolher obrigatório.
"Em conformidade com as seções pertinentes da Lei de Gestão dos Riscos de Catástrofe, será aplicado um recolher obrigatório em toda a ilha a partir desta noite, quarta-feira, 3 de julho de 2024, com início às 23h00 e até às 6h00 de quinta-feira, 4 de julho de 2024", informou.
Já esta manhã, a Jamaica suspendeu o seu aviso de furacão quando o Beryl se afastou da ilha.
Onde anda o Beryl?
O furacão Beryl enfraqueceu ligeiramente e tem agora ventos de 193 km/h , de acordo com a atualização das cinco da manhã (nossas 10h da manhã) do National Hurricane Center.
As condições meteorológicas estão a afetar agora as Ilhas Caimão, com ventos fortes, tempestades e ondas perigosas que podem elevar os níveis de água e produzir um elevado volume de precipitação causando inundações.
O Beryl dirige-se com menos intensidade para o México, que preparou abrigos, evacuou algumas pequenas comunidades costeiras e até retirou ovos de tartarugas marinhas das praias ameaçadas pela tempestade.
Antecipando a chegada do furacão, entre quinta e sexta-feira, a Marinha mexicana patrulha zonas populares como Tulum e Playa del Carmen, informando os turistas para se prepararem para a tempestade.
No meio da tempestade, o primeiro-ministro jamaicano deixou uma mensagem importante lembrando que os países em desenvolvimento sofrem os piores efeitos das alterações climáticas. "Embora as nossas emissões de carbono sejam minúsculas, a nossa região sofre o peso dos impactos das alterações climáticas. O furacão realça ainda mais a necessidade urgente de uma ação climática global e de apoio específico para aumentar a resistência contra os perigos crescentes das alterações climáticas", alertou o primeiro-ministro Andrew Holness.