Os manifestantes que no sábado chegaram até a invadir o Parlamento do Iraque abandonaram este domingo a chamada Zona Verde de Bagdade, onde se situam
Os manifestantes que no sábado chegaram até a invadir o Parlamento do Iraque abandonaram este domingo a chamada Zona Verde de Bagdade, onde se situam os edifícios do governo e as embaixadas internacionais. Os populares mantinham-se naquele local habitualmente inacessível em protesto contra o adiar da reforma do executivo prometido pelo primeiro-ministro Haidar al-Abadi, mas emperrado pela falta de acordo dos deputados para votação dessa reformulação.
A reforma é vista como essencial para combater a alegada corrupção existente no governo iraquiano e é exigida pelo líder xiita Moqtada al-Sadr. Boa parte dos manifestantes que invadiram a Zona Verde de Bagdade eram fiéis de Al-Sadr.
Iraqis camped out in Baghdad's Green Zone announce withdrawal https://t.co/qG7rfXGwJOpic.twitter.com/d6GWl60Fs2
— Reuters Top News (@Reuters) 1 de maio de 2016
O protesto foi desmobilizado este domingo depois de uma porta-voz dos manifestantes, Ikhlas al Obeidi, ter deixado um aviso aos deputados: “Nós vamos voltar aqui pelas reformas e para lutar contra a corrupção e contra os corruptos. Se as nossas exigências não forem cumpridas, o povo irá recorrer a todos os meios legítimos. Se for preciso iremos tomar o controlo dos três poderes no país.”
A porta voz dos manifestantes referia-se aos poderes executivo, legislativo e judicial, que compõem o Governo Federal do Iraque.
Durante a invasão de sábado, o primeiro-ministro chegou a passear-se pela Zona Verde, sorridente e escoltado por militares. Habadi al-Abadi ainda ameaçou os manifestantes mais intempestivos com a prisão, mas as forças policiais pouco fizeram para evitar a livre circulação naquele perímetro praticamente inacessível aos populares desde a invasão militar do Iraque pelos Estados Unidos em 2003.
Followers of cleric Muqtada al-Sadr breach Baghdad's Green Zone, storm parliament. https://t.co/9ibij8yWt6pic.twitter.com/FwwM33luCe
— The Associated Press (@AP) 30 de abril de 2016