Coreia do Norte: Kim Jong-Un "cumprirá fielmente" as obrigações nucleares

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De  Euronews com LUSA
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O presidente norte-coreano, Kim Jong-Un, disse que o país apenas vai recorrer às armas nucleares caso a sua soberania seja ameaçada por outra potência nuclear.

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Kim Jong-Un, o Presidente da Coreia do Norte, disse, no VII Congresso do Partido dos Trabalhadores, em Pyongyang, que o país vai “cumprir fielmente” as suas obrigações de não-proliferação e impulsionar a desnuclearização em termos globais. A informação foi avançada pela KCNA, a agência de notícias do Estado.

Kim Jong-Un, disse, este domingo que o país apenas pretende recorrer às armas nucleares caso a soberania seja ameaçada por outra potência com capacidade nuclear.

“Como um país com armas nucleares, responsável, a nossa república não vai usar armas nucleares a não ser que a sua soberania seja ameaçada por quaisquer forças hostis com ogivas nucleares”, disse Jong-Un.

A Coreia do Norte foi o primeiro país a abandonar o tratado de não-proliferação nuclear em 2003.

Em 2006, realizou o seu primeiro teste nuclear e assegurou que “nunca seria a primeira a usar armas nucleares”. No entanto, desde então, tem feito repetidas ameaças de ataques nucleares preventivos contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

A Coreia do Norte iniciou na sexta-feira o VII Congresso do Partido dos Trabalhadores, o primeiro em 36 anos.

Novas políticas de desenvolvimento apresentadas no congresso

Kim Jong-un apresentou também uma estratégia a cinco anos para estimular o crescimento económico do país, sublinhando a necessidade de aliviar a escassez energética e melhorar a vida dos cidadãos.

“Acima de tudo, é necessário cumprir esta estratégia de cinco anos de desenvolvimento económico do Estado entre 2016 e 2020 (…), e neste período resolver o problema energético”.

O líder norte-coreano também assegurou que “é necessário melhorar a vida dos cidadãos, aumentando a produção na agricultura e na indústria ligeira”.

O anúncio chega num momento em que a Coreia do Norte enfrenta as mais duras sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU após os testes nucleares e de mísseis de janeiro e fevereiro.

“A meta da estratégia é preparar uma base que permita desenvolver de maneira sustentável a economia do país ao promover a economia nacional e assegurar o equilíbrio entre os diferentes setores da energia”, disse Jong-Un perante os quase 3.500 delegados do partido.

Até agora, o líder tinha exposto a chamada política “Byeongjin”, que consiste em estimular a economia ao mesmo tempo que se desenvolve o programa nuclear. não foi feita qualquer referência a uma abertura do país à economia de mercado, como era esperado por alguns analistas.

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