Na Venezuela, milhares de opositores do regime desceram às ruas na capital, Caracas, para protestarem contra o governo encabeçado pelo presidente
A Venezuela é uma bomba que pode explodir a qualquer momento
Na Venezuela, milhares de opositores do regime desceram às ruas na capital, Caracas, para protestarem contra o governo encabeçado pelo presidente Nicolas Maduro.
Os manifestantes pretendem realizar um referendo a fim de afastarem o presidente.
Muitos manifestaram o seu descontentamento com o decreto de exceção e emergência declarado pelo presidente na sexta-feira.
“A Venezuela é uma bomba que pode explodir a qualquer momento. Não queremos que isso aconteça e, por isso, apelamos a todos para se mobilizarem a favor de um referendo” disse o líder da oposição Henrique Capriles no decurso de uma manifestação.
Do lado do governo, o presidente reagiu ordenando a nacionalização de fábricas e a detenção de empresários que acusa de estarem a “sabotar o país”.
Entre outras medidas, o presidente venezuelano anunciou a realização de exercícios militares no próximo sábado, uma medida que teria como objetivo dissuadir qualquer tentativa de invasão externa.
“No próximo sábado as forças armadas e as milícias realizarão exercícios militares a fim de estarmos preparados para qualquer eventualidade porque esta terra é sagrada e temos que nos certificar que é respeitada” disse Nicolas Maduro frente aos seus apoiantes.
Nas ruas o descontentamento prolifera, a inflação atinge os três dígitos e reina a insegurança.
Desde dezembro que a oposição controla a Assembleia Nacional.
A oposição afirma que o governo está a tentar adiar o referendo até 2017, altura em que, segundo a constituição do país, o vice-presidente, Aristobulo Isturiz, do Partido Socialista, poderia substituir Nicolas Maduro.