A central sindical CGT bloqueia a maioria das refinarias e começou a ocupar as centrais nucleares.
A França aproxima-se, cada vez mais, de uma greve geral, em protesto contra a nova lei do trabalho, que o governo fez passar à força no parlamento.
Escolhemos a greve, vamos impor o nosso ponto de vista até paralisarmos a economia do país.
Com a maioria das refinarias fechadas, são cada vez mais as estações de combustível secas.
Os ativistas da central sindical CGT começaram também a ocupar as centrais nucleares, como aconteceu aqui perto de Paris.
Um funcionário dos caminhos-de-ferro (SNCF) juntou-se ao protesto: “A escolha democrática foi completamente posta de parte. Os sindicatos não foram ouvidos. Também ninguém sabe como foram as discussões na Assembleia. Por isso, escolhemos a greve, vamos impor o nosso ponto de vista até paralisarmos a economia do país”.
O caminho para a paralisia total, como titula o diário Le Parisien, parece ser o que está a ser seguido pela CGT, numa luta que não conta com o apoio das outras grandes centrais sindicais.
“Houve um apelo à greve e vamos fazer assembleias-gerais, como se faz em todas as empresas. Vamos ver os desenvolvimentos. Enquanto o governo se recusar a dialogar, há o risco de que a mobilização se amplifique”, disse Philippe Martinez, secretário-geral da CGT.
Carros a fazer fila nas bombas é um cenário cada vez mais comum e que promete aumentar nos próprios dias, com a corrida aos combustíveis.