Crise de abastecimento de combustível em França ainda não acabou

Crise de abastecimento de combustível em França ainda não acabou
De  Euronews

O abastecimento de fuel em França está a melhorar, mas a crise causada pelas greves ainda não está terminada, segundo o ministro francês dos transportes, Alain…

O abastecimento de fuel em França está a melhorar, mas a crise causada pelas greves ainda não está terminada, segundo o ministro francês dos transportes, Alain Vidalies.

Em certas regiões estamos quase de novo na normalidade, noutras regiões continuamos atentos mas não podemos falar de uma crise que esteja terminada.

Alain Vidalies Ministro dos Transportes

Depois de uma reunião este sábado entre o governo e a indústria petrolífera, o primeiro ministro Manuel Valls disse estar disposto a dissipar protestos contra a reforma da lei laboral em portos e refinarias e a prosseguir no desbloqueamento das paralizações.

À saída da reunião, Vidalies declarou: “A situação esta manhã é uma situação que está a melhorar, uma situação na qual em certas regiões estamos quase de novo na normalidade, noutras regiões continuamos atentos mas não podemos falar de uma crise que esteja terminada.”

A posição endurecida do governo francês face aos sindicatos traduziu-se esta semana pela mobilização de reservas estratégicas de combustível do país pela primeira vez em seis anos.

O governo afirma que a reforma da lei laboral é crucial para combater o desemprego que se cifra acima dos dez por cento. O sindicato mais representativo afirma que ela desprotege os trabalhadores.

Valls já afirmou que não retiraria o texto de reforma da lei, que torna a contratação e o despedimento mais ágeis, apesar de admitir alterações quando a lei subir para aprovação parlamentar. Contudo, afirmou também que isso jamais afectaria o essencial, que diz respeito à implementação de flexibilidade nas cláusulas de despedimento e contratação através dos acordos de empresa.

A esta altura, e com nova greve nacional já calendarizada para 14 de junho, o tempo joga contra o governo francês na medida em que o processo de aprovação da alteração ao código do trabalho não pode ser abreviado e se estende para além da data de início do Euro 2016, que começará a 10 de Junho.

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