Vladimir Putin anuncia aliança com Israel na luta contra o terrorismo

Vladimir Putin anunciou esta terça-feira uma parceria “na luta contra o terrorismo” entre a Rússia e Israel. A aliança foi revelada no decorrer da terceira visita, em nove meses, de Benjamin Netanyahu a Moscovo.
Acompanhado pela mulher e dois outros membros do governo hebraico, o primeiro-ministro de Israel — curiosamente um forte aliado dos Estados Unidos — foi recebido esta terça-feira, no Kremlin, pelo Presidente da Rússia.
#Netanyahu arrives in Moscow for talks with Putin (VIDEO) https://t.co/CR7H1QdNZB
— RT (@RT_com) 7 de junho de 2016
Prime Minister Benjamin Netanyahu met today with Russian President Vladimir Putin at the Kremlin in Moscow. pic.twitter.com/6zAp0OWYQb
— PM of Israel (@IsraeliPM) 7 de junho de 2016
Nas boas vindas, Putin sublinhou a importância para a Rússia de boas relações com Israel. “Não apenas porque Israel é uma peça-chave no Médio Oriente, mas também pelas relações históricas entre os nossos países”, afirmou o Presidente russo, destacando, sobretudo, o forte potencial para o reforço de relações bilaterais da significativa imigração russa estabelecida há muita no Estado hebraico.
#Moscow: Meeting with Prime Minister of Israel Benjamin Netanyahu https://t.co/0r8u0zsCUJpic.twitter.com/JjCnqIAvTK
— President of Russia (@KremlinRussia_E) 7 de junho de 2016
Gás à espera da Comissão Europeia
À margem do encontro com Benjamin Netanyahu, o Presidente russo aproveitou para esclarecer que ainda não abortou os projetos de exportação de gás pelos planeados gasodutos “South Stream” (rumo à Bulgária e com alcance previsto até à Áustria) e “Turkish Stream” (rumo à Turquia e ligando à Europa).
“Quanto às nossas rotas de expostação pelo Mar Negro, existem certos obstáculos de natureza política com a Turquia, mas ainda não abandonámos os projetos. Nem o ‘South stream’ nem o ‘Turkish Stream’. Apenas precisamos de uma posição clara da Comissão Europeia”, afirmou Putin.
25 anos de “amizade”
A presente visita do primeiro-ministro israelita ao líder do Kremlin teve por base os 25 anos do reatar de relações diplomáticas com a Rússia e, tal como em Washington há alguns meses, incluiu em Moscovo a deposição de uma coroa de flores no memorial ao soldado desconhecido, numa clara evocação da II Guerra Mundial, na qual o “exército vermelho” soviético teve papel decisivo na libertação dos judeus do campo de concentração nazi de Auschwitz.We came from the ceremony for the unknown soldier and the tunes that were heard are tunes we remember from childhood pic.twitter.com/z5IkVR4Vb1
— PM of Israel (@IsraeliPM) 7 de junho de 2016