A guerra está declarada entre o presidente da Venezuela e a oposição que exige que o referendo à revogação do mandado do Chefe de Estado seja ainda em 2016, isto pouco depois de o Presidente, Nicolás
A guerra está declarada entre o presidente da Venezuela e a oposição que exige que o referendo à revogação do mandado do Chefe de Estado seja ainda em 2016, isto pouco depois de o Presidente, Nicolás Maduro, admitir publicamente que poderia submeter-se à consulta popular, mas só no próximo ano.
“Se os requisitos do referendo forem cumpridos, será no próximo ano e é isso. Se os requisitos não forem atendidos, não haverá referendo” afirma Nicolás Maduro.
Simpatizantes de Nicolás Maduro e ministros do seu Governo têm insistido que será impossível realizar um referendo ainda em 2016.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) advertiu que se houver violência suspenderá o processo de convocatória do referendo para destituir o Presidente Nicolás Maduro, iniciado na sexta-feira.
O CNE explicou que foram validados 352.000.052 registos de assinaturas, que deverão, entre 20 e 24 de Junho, ser sujeitas a verificação através das impressões digitais, mas a oposição duvida:
Jesús Torrealba, secretário-geral, Mesa da Unidade Democrática : “Um em cada três venezuelanos que assinaram, hoje tem a indignação por ter sido excluída, porque a sua assinatura está em falta.”
Há dois dias, homens armados agredirem um grupo de deputados da oposição ao Governo de Maduro que pretendiam exigir ao CNE o anúncio da data de verificação das assinaturas no pedido de referendo, de forma a iniciar o processo de convocatória da consulta.
Uma vez validadas as assinaturas, com as respetivas impressões digitais, a oposição venezuelana iniciará outra etapa em que terá de recolher e validar as assinaturas de 20% dos eleitores.
Se o referendo for realizado até 10 de janeiro de 2017, deverão ser convocadas novas eleições presidenciais, segundo a legislação venezuelana. Mas se a consulta for feita depois, o vice-presidente da Venezuela assumirá os destinos do país até finalizar o mandato presidencial atual, em 2019.