A primeira-ministra escocesa afirma que está disposta a recorrer a todos os meios para contestar o “Brexit”.
A primeira-ministra escocesa afirma que está disposta a recorrer a todos os meios para contestar o “Brexit”.
Nicola Sturgeon não excluiu a possibilidade de vetar a saída da UE, no parlamento escocês, durante uma entrevista ao canal BBC.
Um gesto “ineficaz” e “puramente simbólico”, para os conservadores escoceses.
Segundo Sturgeon, “esta saída poderá não acontecer imediatamente mas será a experiência mais destruídora para o Reino Unido desde o início da II Guerra e como sabem, eu não quero que a Escócia esteja sujeita a estes danos. Toda a gente sabe que apoio a independência. Não parto do princípio que é uma questão de independência, mas de que é preciso proteger a Escócia. E se para protegermos a Escócia precisamos de considerar a independência, então precisamos de estar prontos a fazê-lo”.
Na Escócia, 62% do eleitorado votou a favor da permanência na União Europeia. Uma situação que, para a primeira-ministra e líder do partido independentista escocês, justifica a convocação de um novo referendo à independência do território.
“Um segundo referendo, nestas circunstâncias não seria apenas a reedição da consulta de 2014, uma vez que o contexto é totalmente diferente”, sublinhou Sturgeon.
Uma sondagem, publicada pelo jornal Sunday Post, este domingo, aponta para a possibilidade da independência da Escócia poder recolher 59% de votos num novo referendo. Um resultado bastante acima dos 45% de eleitores favoráveis à soberania do território na consulta popular de 2014.
Na Irlanda do Norte, onde o campo do ‘Remain” venceu por 56%-44%, os independentistas do Sinn Fein apelaram ao parlamento e ao governo para que “defendam o voto do eleitorado a favor da permanência na UE”.