Estado Islâmico está a mudar a estratégia?

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O atentado de domingo, em Bagdade, foi uma autêntica carnificina.

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O atentado de domingo, em Bagdade, foi uma autêntica carnificina. O ataque na zona comercial de Shia foi o mais mortal do último ano, no Iraque.

Um dia antes, um ataque num restaurante de Daca, capital do Bangladesh, fez 20 mortos, na sua maioria estrangeiros.

O autoproclamado Estado Islâmico reivindicou a autoria dos dois atentados, tal como assumiu a autoria do ataque, em junho, à discoteca Pulse, em Orlando, no estado norte-americano da Florida.

Em maio, o porta-voz do Daesh pediu a todos os seus militantes que cometessem novos ataques contra o Ocidente, durante o Ramadão. Uma estratégia que serve, também, para afastar as atenções das derrotas que vai sofrendo.

‘‘O Daesh cometeu outro crime, visando pessoas inocentes em Karada, em Bagdade. Cometeram os crimes depois de terem sofrido grandes perdas em homens e equipamentos, no campo de batalha”, informa o diretor geral da Defesa Civil iraquiana, Kadim Shahban.

Desde 2014, altura em que a coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos da América, iniciou o combate às posições do grupo Estado Islâmico, os jihadistas perderam cerca de 40% do território que controlavam no Iraque e entre 10 a 20% do território que detinham na Síria.

A perda da cidade de Fallujah, no Iraque, um dos principais bastiões no país, significou um grande revés para os jihadistas.

“Eles estão a retirar-se da área perto de Fallujah. Muitos desses combatentes são estrangeiros e recusaram render-se às nossas tropas”, afirma o comandante da Força Aérea, Hamid al-Maliki.

Um número crescente de combatentes do Daesh está a tentar fugir do autoproclamado califado, rumo aos países natais.

O facto justifica-se, segundo o Centro Internacional para o Estudo da Radicalização, de Londres, pelos bombardeamentos, assaltos, corrupção ou, até mesmo, tédio.

Com os avanços das forças internacionais, o EI viu as suas receitas baixarem mais de 30%. A diminuição do número de cidadãos que vivem sob o seu domínio resulta na diminuição das receitas provenientes dos impostos cobrados.

Os bombardeamentos estão também a afetar, significativamente, a produção de petróleo, que representa cerca de 43% do total das receitas do Daesh.

Em menos de um ano o grupo Estado Islâmico dá sinais de estar a perder a importância conquistada no Médio Oriente. A organização está em fuga dos bastiões da Síria e do Iraque e tenta manter o terror perpetrando ataques sangrentos em vários pontos do globo.

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