Andrea Leadsom desistiu da corrida ao Partido Conservador britânico e ao cargo de primeira-ministra.
Andrea Leadsom desistiu da corrida ao Partido Conservador britânico e ao cargo de primeira-ministra.
O caminho fica, assim, aberto à favorita na votação de quinta-feira, a ministra do Interior, Theresa May.
À porta de casa, no discurso de despedida, a secretária de Estado da Energia admitiu não “ter o apoio suficiente para liderar um governo forte e estável”.
“Theresa May tem mais de 60 por cento do apoio do partido parlamentar conservador [na votação de quinta-feira]. Ela está bem posicionada para implementar o Brexit nas melhores condições para o povo britânico e prometeu que o fará”, disse Leadsom, prestando o seu apoio a May, que considera ser a pessoa “ideal” para dirigir o Executivo.
Theresa May apoiou a campanha pela permanência do Reino Unido, mas diz agora que os resultados do referendo não vão ser ignorados e que fará de tudo para que a saída da União Europeia seja um sucesso.
“Brexit significa Brexit e vamos fazer com que seja um sucesso. Não haverá tentativas de permanecer na União Europeia. (…) não haverá tentativas de regressar pela porta dos fundos, nem um segundo referendo. O país votou para sair da União Europeia e, enquanto primeira-ministra, vou assegurar-me de que saímos”, afirmou May.
May e Leadsom competiam pelo cargo duplo em eleições internas. O nome da vencedora seria revelado em setembro.
O caso muda agora de figura com a saída de Leadsom. May, de 59 anos, poderá ser escolhida primeira-ministra mais cedo do que se previa.
Outro cenário é Theresa May ter de competir com outro candidato. A decisão deverá ser tomada em breve pelo comité do grupo parlamentar conservador.