Hollande anuncia fim do estado de emergência em França

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De  Nelson Pereira
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O presidente francês anunciou esta quinta-feira o fim do estado de emergência em França.

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O presidente francês anunciou esta quinta-feira o fim do estado de emergência em França. Em entrevista à televisão francesa, por ocasião da festa nacional, François Hollande criticou Durão Barroso por este ter aceitado trabalhar para o banco americano Goldman Sachs, uma decisão que considerou “moralmente inaceitável”.

O presidente francês recordou que depois de ter durante dez anos presidido à Comissão Europeia, no período da crise provocada pelos ‘subprimes’, na qual o Goldman Sachs foi uma das instituições emblemáticas, Barroso integra agora os quadros de uma entidade financeira que participou na camuflagem dos dados que a Grécia enviava à União Europeia. “Juridicamente possível, mas moralmente inaceitável”, rematou.

François Hollande anunciou que o estado de emergência, decretado depois dos atentados de 13 de novembro em Paris não será prolongado para além de 26 de julho. O presidente argumentou que o estado de emergência não pode ser prolongado indefinidamente, pois trata-se de uma medida para situações excecionais. Uma medida legal que permite ações anti-terroristas, acrescentou, reconhecendo que a ameaça terrorista não desapareceu.

Questionado a propósito da sua principal promessa de campanha, a inversão da curva do desemprego, Hollande garantiu que o índice diminuirá até o fim do ano, mas permanecerá “ainda muito alto”, acrescentando que isto significa que será preciso continuar a política que começou.

Sobre o combate ao terrorismo, o chefe de Estado anunciou o envio de mais soldados franceses para a frente de combate contra o grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque, além da transferência do porta-aviões Charles de Gaulle para o Oriente Médio no segundo semestre deste ano.

Quanto ao projeto de reforma da lei laboral, que será votado novamente na próxima semana no parlamento francês, o presidente respondeu aos jornalistas da emissora TF1, David Pujadas, e da France 2, Gilles Bouleau, que sempre foi um homem de esquerda e que a nova lei enquadra-se nos seus valores.

Hollande foi também interrogado sobre o salário do seu cabeleireiro particular, de quase dez mil euros por mês, segundo revelou o jornal francês Canard Enchaîné. O chefe de Estado francês rebateu a acusação argumentando que, desde 2012, diminuiu os gastos da presidência de 109 milhões para 100 milhões de euros, reduzindo também o seu próprio salário.

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