Atentado Nice: As feridas físicas e psicológicas de quem viveu momentos de horror

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De  Nara Madeira
Atentado Nice: As feridas físicas e psicológicas de quem viveu momentos de horror

No hospital de Nice os familiares dos feridos acompanham o evoluir do seu estado de saúde. Há muitas pessoas em estado muito grave. O total de feridos ascende a mais de uma centena, entre eles muitas crianças. Os feridos ligeiros regressam a casa com feridas físicas mas também psicológicas:

Havia pessoas pelo chão... Só pessoas pelo chão... Muitas, muitas... Eu tentava não olhar, tentava olhar para cima. Não queria ver...

Karim Laamara Sobrevivente

“Havia pessoas pelo chão… Só pessoas pelo chão… Muitas, muitas… Eu tentava não olhar, tentava olhar para cima. Não queria ver… Foi muito doloroso, demasiado doloroso”, desabafa Karim Laamara, um dos sobreviventes.

Em Nice, a assistir ao fogo-de-artifício, havia muitos estrangeiros que viveram momentos de pânico:

“Eu ia a andar na direção do camião mas virei antes numa rua lateral. Ouvi o estrondo do choque, pessoas a gritar e, em seguida, elas passavam por mim a correr. A minha mulher ficou com muito medo, por isso, começámos os dois a correr.

O nosso bloco de apartamentos era ao virar da esquina, na rua a seguir. Ouvimos as sirenes toda a noite. As pessoas a correr… Havia soldados ao fundo da rua para impedir as pessoas de irem para baixo. Para ser honesto, foi uma cena muito angustiante”, conclui o turista Andy Shaw.

Foi ao fim da noite que um camião mercadorias invadiu o local onde se assistia ao fogo-de-artifício. O homem disparou sobre as pessoas antes de avançar sobre elas e ser abatido.

O momento em que a polícia chega à carrinha depois de disparar sobre o autor do ataque

A polícia identifica as vítimas

A explicação, através de mapa, dos acontecimentos