Associação leva crianças refugiadas até ao mar

Associação leva crianças refugiadas até ao mar
De  Ricardo Figueira  com AP

Um raio de sol, ou de alegria, num dia-a-dia marcado pela dureza das condições.

As crianças do campo de refugiadas de Kara Tepe, na ilha de Lesbos, na Grécia, estão a viver dias diferentes, durante o verão: Têm lições de natação no mar. Um raio de sol, ou de alegria, num dia-a-dia marcado pela dureza das condições.

Vir aqui, ao mar, fez-me lembrar a viagem e comecei a chorar.

Fatima Harriri Refugiada síria

A iniciativa partiu de uma associação de nadadores-salvadores gregos, que ajuda também os ocupantes dos barcos que chegam à costa da ilha.

Mesmo se aqui o mar é calmo, nem todos estavam cheios de vontade de entrar na água: “As mães tiveram, nalguns casos, de os forçar. Nós ajudamo-los a familiarizar-se com a água. Conseguimos que entrassem todos no mar”, conta Lia Stavropoulou, voluntária.

Para alguns, como Fatima Harriri, apesar de ser um dia de diversão, as memórias da travessia difícil não deixam de vir à cabeça: “Graças a Deus estou na Grécia. Foi difícil, mas graças a Deus estou aqui. Vir aqui, ao mar, fez-me lembrar a viagem e comecei a chorar”, conta esta refugiada síria.

A associação Lifeguard Hellas, que vive de doações de particulares, leva todos os dias entre 60 a 70 crianças deste campo até ao mar.

Cerca de 57.000 refugiados estão retidos na Grécia, dos quais 10.000 nas ilhas, à espera de asilo no país ou de poderem partir para outros países.

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