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Daesh: A estratégia para exportar o terrorismo

Daesh: A estratégia para exportar o terrorismo
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Espalhar os recursos humanos nos vários países para consolidar uma rede.

Espalhar os recursos humanos nos vários países para consolidar uma rede. Esta é uma das estratégias do grupo radical Estado Islâmico (EI) ou Daesh, que apostou na propaganda para recrutar combatentes estrangeiros para agirem fora do califado, proclamado em junho de 2014.

O alemão Harry Sarfo, ex-membro do grupo Estado Islâmico, está detido em Bremen. Numa entrevista ao jornal New York Times que foi incentivado a regressar à Alemanha, porque o grupo jihadista considerava não ter homens suficientes e prontos a agir no país.

Em França, a situação era diferente.

Sarfo recorda: “O meu amigo perguntou sobre França e eles começaram a rir. A rir até às lágrimas. Disseram ‘Não se preocupem com França’”.

Segundo Harry Sarfo, as declarações remontam a abril de 2015. Meses depois, a 13 de novembro, ocorriam os atentados de Paris, que fizeram 130 mortos e mais de 350 feridos na sala de concertos do Bataclan e em diversos restaurantes da cidade.

Nos Estados Unidos e no Canadá, devido aos controlos fronteiriços, o recrutamento faz-se através das redes sociais.

O grupo jihadista considera os norte-americanos fáceis de manipular e estes têm acesso fácil às armas.

Para o regresso de terroristas à Europa, o grupo usa técnicas de dissimulação.

De regresso a França ou Alemanha, os terroristas dizem ter estado de férias no sul da Turquia e os treinos duram muito pouco tempo, para não levantar suspeitas dos serviços de informação.

Porta-voz do grupo Estado Islâmico e chefe de propaganda, o sírio Abou Mohammed Al-Adnani é apontado como o coordenador dos atentados no estrangeiro.

A unidade especial terá comandado os ataques terroristas em Paris e em Bruxelas. Mas não só.

Em dezembro de 2015, um casal matou 14 pessoas em São Bernardino, nos Estados Unidos. E em junho passado, um americano de origem afegã matou 49 pessoas numa discoteca homossexual.

Registaram-se, em janeiro, março e junho, três atentados em Istambul, na Turquia, que fizeram mais de 66 vítimas mortais, incluindo turistas.

Na Tunísia houve duas operações terroristas desde 2015. Uma contra um hotel em Sousse e outra no museu do Bardo. A maioria das vítimas mortais são turistas.

E em outubro do ano passado, o grupo terrorista reivindicou o atentado contra um avião russo no Sinai, no Egito, com 229 pessoas a bordo.

Segundo o antigo embaixador da União Europeia na Turquia, Marc Pierini, é necessário reforçar a cooperação dos serviços de informação no seio da EU e com a Turquia: “Trata-se de cooperação antiterrorista, de uma questão de procedimentos judiciais, de polícia, de troca de listas, etc. Os jovens que vão para a Síria, na sua maioria, são oriundos de bairros pobres, abandonaram a escola, estão desempregados e têm conhecimentos religiosos muito vagos”.

Neste contexto, a Europa diz ter consciência da amplitude da ameaça jihadista e avança para uma estratégia de defesa e prevenção, procurando conter os discursos radicais nas mesquitas e nas redes sociais.

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