O Iraque executou, este domingo, 36 homens acusados de estarem envolvidos naquele que ficou conhecido como o massacre de Speicher, em 2014.
O Iraque executou, este domingo, 36 homens acusados de estarem envolvidos naquele que ficou conhecido como o massacre de Speicher, em 2014.
Na altura, os radicais do Estado Islâmico assumiram o controlo da base militar localizada perto de Tikrit, a norte de Bagdade, e assassinaram centenas de soldados.
No ano passado, a justiça iraquiana deu como provadas as acusações contra os arguidos – cerca de 60 – depois de pelo menos dois terem confessado o crime. Uma confissão forçada que, de acordo com os suspeitos, terá sido obtida sob tortura. Várias organizações de Defesa dos Direitos Humanos denunciaram a falta de transparência. Já a Amnistia Internacional críticou o recurso à pena capital no país.
O número de soldados executados na altura pelos extremistas não é claro, mas as autoridades admitem que possa chegar aos 1.700.
Cerca de 600 cadáveres foram exumados de valas comuns a partir de março de 2015, altura em que o exército iraquiano e as milícias xiitas expulsaram de Tikrit os radicais do Estado Islâmico. Muitos outros terão sido atirados ao rio Tigre, que atravessa a cidade iraquiana.