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Brasil: Os enormes desafios de Michel Temer

Brasil: Os enormes desafios de Michel Temer
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De Maria Barradas
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Agora que é oficialmente presidente do Brasil, Michel Temer vai ter a difícil tarefa de transformar as promessas em atos. O tempo urge e o país necessita urgentemente de reformas que os brasileiros po

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Michel Temer é o principal vencedor desta primeira fase da profunda crise que o Brasil atravessa. Mas o triunfo pode ser de curta duração, tendo em conta os desafios governamentais e as suas próprias fragilidades políticas.

O aparentemente inofensivo e discreto ex-vice-presidente de Dilma Rousseff sofre de um nível de impopularidade tão grande ou maior do que aquela a quem empurrou do poder.

Temer apoiou a candidata do PT durante as duas campanhas presidenciais, forneceu-lhe o apoio parlamentar do seu partido, o PMDB, aguardando o momento mais propício para lhe retirar o tapete.

A hora chegou na primavera passada, quando a popularidade de Dilma entrou em queda livre, empurrada pela crise económica, os escândalos financeiros e a fatal nomeação de Lula da Silva para o seu gabinete.

Despertado para a política no final da década de 1960, este filho de imigrantes libanses, sempre trabalhou na sombra a tecer e a desfazer alianças.

Agora, com as rédeas do país nas mãos, até finais de 2018, terá que apresentar resultados e o tempo urge.

“Inauguramos uma nova fase. Uma fase em que temos um horizonte de dois anos e quatro meses. Dois anos e quatro meses em que, a partir de hoje, a cobrança será muito maior em relação ao governo”,disse no dia da tomada de posse.

O novo presidente tem, pelo menos, duas árduas tarefas: reconciliar uma sociedade dividida, onde muitos consideram ilegítima a sua ascensão à presidência; e potenciar a retoma da economia. Mas os seus planos de austeridade, com a revisão do sistema de reformas e das regalias sociais arrisca-se a funcionar como acha na fogueira de uma sociedade já crispada pelo aumento do desemprego e da inflação.

Ainda que consiga implementar as reformas económicas e sociais, Temer – que conseguiu a aliança com o PSDB de Aécio Neves para derrubar Dilma – terá dificuldade em alcançar um entendimento para as presidênciais de 2018, que o PSDB, – cujo candidato perdeu em 2014 por escassos 3% – vai tentar ganhar a todo o custo.

Michel Temer tem ainda a espada de Damócles do escândalo da Petrobras sobre a cabeça. Um caso em que são suspeitos numerosos membros do seu partido. Neste contexto, pode dizer-se que se Michel tem muito a fazer; tem ainda mais a “Temer”.

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