Croácia procura estabilidade política perdida

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De  Euronews
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As legislativas de domingo devem ter como resultado uma nova maioria relativa.

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Nas legislativas antecipadas deste domingo, a Croácia está à procura de uma estabilidade política difícil de encontrar. As sondagens preveem um resultado semelhante ao de novembro do ano passado, sem que nenhum dos dois grandes partidos consiga a maioria absoluta.

Zoran Milanović, do Partido Social Democrata (SDP), espera voltar ao posto de primeiro-ministro que foi obrigado a deixar em novembro, devido à vitória tangencial dos conservadores do HDZ.

“Em quatro anos no poder, mostrámos que sabemos e que fazemos o que prometemos. O que pedimos é uma nova oportunidade. Estamos prontos a falar com todos, no panorama político croata, que tenham soluções, que possam transformar os problemas em soluções e não o contrário”, disse Milanović.

Com Andrej Plenković como candidato, os conservadores do HDZ abraçaram uma tendência mais moderada, depois do populismo e alegado extremismo do predecessor, o ex-primeiro-ministro Tomislav Karamarko.

Diz Plenković: “Espero conseguir uma maioria relativa nestas eleições e abrir uma nova página de cooperação com o partido Ponte. Não tenho qualquer responsabilidade pelos mal-entendidos que ocorreram entre o Ponte e a anterior liderança do meu partido”.

O Ponte (Most, em croata) é um partido conservador que deve manter o terceiro lugar e encontrar assim a posição de fiel da balança – um fiel mais capaz de pender para o lado do HDZ que dos Sociais-Democratas. Seja Plenković ou Milanović, a posição do próximo primeiro-ministro croata será frágil.

Slavenka Drakulić é escritora e analista: “A situação pode resumir-se em três palavras: Desilusão, falta de confiança e apatia. Desilusão com o anterior governo do HDZ, que estava em coligação com o Most, que acabou por ter um papel inútil”, diz.

A Croácia entrou para a União Europeia em 2013. Apesar das receitas do turismo, principal motor da economia do país, os efeitos da crise estão a fazer-se sentir, com o desemprego nos 13% e cerca de um em cada três jovens sem trabalho.

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